A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) tem prazo até a próxima segunda-feira para apresentar ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um relatório sobre as pesquisas que vem desenvolvendo em Guaratuba (Litoral do Estado), envolvendo pescadores na criação de uma espécie exótica de camarão. A decisão foi tomada, ontem, em reunião realizada na sede do Ibama em Curitiba.
Nilto Melquíades, superintendente em exercício do Ibama no Paraná, disse que os técnicos do Centro de Pesquisa e Propagação de Organismos Marinhos (CPPOM) -mantido pela universidade em Guaratuba- terão que especificar a quantidade de tanques-rede onde estão sendo criados exemplares do camarão branco do Pacífico, a quantidade e maturação do crustáceo e a situação técnica dos criadouros.
As informações, segundo Melquíades, serão analisadas pelo departamento de Aquicultura do Ibama, em Brasília. Só depois desse parecer, o órgão decidirá sobre a possibilidade da espécie ser introduzida no Litoral paranaense. "O Ibama, sob hipótese alguma, permitirá a proliferação do camarão sem licenciamento ambiental", declarou. Os pescadores terão que firmar termos de compromisso de que irão buscar a licença junto ao órgão.
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O pró-reitor Comunitário e de Extensão da PUCPR, Adilson Moraes Seixas, afirmou que só ontem recebeu autuação do Ibama, multando a instituição em R$ 150 mil. Ele adiantou que a universidade vai recorrer. O órgão ambiental alega que a PUCPR tem autorização apenas para o desenvolvimento de pesquisas.