Curitiba- Mais de 500 hectares de mata de araucárias, cedro, canela, imbuia e xaxim foram devastadas em Candói (76 quilômetros a oeste de Guarapuava). A área está sendo estudada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para ser transformada em unidade de preservação nacional. Contudo, com o desmatamento, o projeto pode ser cancelado. O responsável pelo corte é, segundo o Ibama, o madeireiro e proprietário da área, Aldoíno Goldoni.
O coordenador técnico da força-tarefa das araucárias do Ibama e biólogo do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Savi, contou que o corte foi feito no interior do terreno e foi deixado uma ''cortina'' de árvores para esconder o desmatamento. A área havia sido sobrevoada pelo Ibama em novembro do ano passado e estava intacta. ''Essas árvores vão levar pelo menos 70 anos para crescerem. E nos locais que foram feitos corte raso só vai crescer mato no lugar'', explicou Savi.
Segundo o biólogo, esse tipo de atitude acontece porque é mais vantajoso economicamente para o proprietário fazer o desmate. Além do lucro com o uso da madeira, enquanto um hectare com floresta custa em média R$ 5 mil, um hectare sem floresta está valendo cerca de R$ 40 mil. ''Eles cortam e depois tentam negociar a multa'', afirmou Savi.
Mas para o município de Candói a ação do madeireiro pode representar grande prejuízo. Isso porque se a área fosse transformada em unidade de conservação a prefeitura poderia fomentar o turismo da região. ''Essa está entre sete áreas que estamos estudando no Paraná e em Santa Catarina para transformar em unidade de preservação. Vamos estudá-la novamente e avaliar o grau de comprometimento para ver se ainda é possível incluí-la no projeto'', explicou o biólogo.
O relatório final sobre o desmatamento e a multa que vai ser aplicada no proprietário da área serão divulgados hoje pelo Ibama.
A reportagem da Folha tentou entrar em contato através de telefone com Goldoni, mas não foi atendida em nenhum número.
O coordenador técnico da força-tarefa das araucárias do Ibama e biólogo do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Savi, contou que o corte foi feito no interior do terreno e foi deixado uma ''cortina'' de árvores para esconder o desmatamento. A área havia sido sobrevoada pelo Ibama em novembro do ano passado e estava intacta. ''Essas árvores vão levar pelo menos 70 anos para crescerem. E nos locais que foram feitos corte raso só vai crescer mato no lugar'', explicou Savi.
Segundo o biólogo, esse tipo de atitude acontece porque é mais vantajoso economicamente para o proprietário fazer o desmate. Além do lucro com o uso da madeira, enquanto um hectare com floresta custa em média R$ 5 mil, um hectare sem floresta está valendo cerca de R$ 40 mil. ''Eles cortam e depois tentam negociar a multa'', afirmou Savi.
Mas para o município de Candói a ação do madeireiro pode representar grande prejuízo. Isso porque se a área fosse transformada em unidade de conservação a prefeitura poderia fomentar o turismo da região. ''Essa está entre sete áreas que estamos estudando no Paraná e em Santa Catarina para transformar em unidade de preservação. Vamos estudá-la novamente e avaliar o grau de comprometimento para ver se ainda é possível incluí-la no projeto'', explicou o biólogo.
O relatório final sobre o desmatamento e a multa que vai ser aplicada no proprietário da área serão divulgados hoje pelo Ibama.
A reportagem da Folha tentou entrar em contato através de telefone com Goldoni, mas não foi atendida em nenhum número.