O impasse entre a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve ser resolvido ainda hoje pela manhã. O órgão quer que a universidade retire os tanques-rede do seu Centro de Produção e Propagação de Organismos Marinhos, onde está sendo cultivado o camarão branco do Pacífico (Litopnaues vannamei), uma espécie exótica do crustáceo, em Guaratuba (Litoral do Estado). A conversa entre representantes das duas instituições -marcada para ontem- teve que ser adiada porque a procuradoria do Ibama não mandou representante.
Na reunião de hoje, segundo Nilto Melquíades, que está respondendo pela superintendência do Ibama no Paraná, deverão ser discutidas questões técnicas sobre a retirada dos 100 tanques-redes. O órgão já multou a PUC em R$ 150 mil por causa do cultivo e comercialização do camarão. Multou também em R$ 40 mil os pescadores envolvidos no projeto.
Melquíades afirmou que a universidade tem autorização do Ibama para desenvolver pesquisas em Guaratuba. "Não existe autorização para o fomento de espécies", declarou. Por esse motivo, o Ibama, segundo ele, não irá voltar atrás na aplicação das multas.
Leia mais:
Athletico começa a reformulação e demite técnico e diretores
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Pesquisadora da UEM transforma fibra da macaúba em embalagem biodegradável
Procon-PR promove mutirão Renegocia na próxima semana para negociação de dívidas
Mesmo sem a presença de representantes do Ibama, a reunião de ontem foi realizada, envolvendo técnicos do Centro de Produção e pescadores. A Folha tentou contato com o pró-reitor Comunitário e de Extensão da PUCPR, Adilson Moraes Seixas, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.