As ilhas do Parque Nacional de Ilha Grande, no Rio Paraná, estão livres da pecuária que devastou boa parte da reserva no início dos anos 90. Os dois pecuaristas que ainda tinham grandes rebanhos em ilhas de Altônia e brigavam na Justiça pelo direito de explorar a pecuária no arquipélago retiraram mês passado os animais, cerca de 500 cabeças. Sem o gado, as áreas degradadas estão se recuperando rapidamente e os animais silvestres começam a retornar à região.
"No início, pouca gente acreditava que conseguiríamos expulsar os fazendeiros das ilhas", disse o promotor Robertson Fonseca de Azevedo, o primeiro a mover ações contra a criação de gado na região de Altônia e São Jorge do Patrocínio, em 1994, motivado por reportagem da Folha, publicada em 1992, que mostrava o avanço da pecuária e a degradação do arquipélago.
Estima-se que Ilha Grande e outras do arquipélago chegaram a ter 10 mil cabeças de bois e búfalos. As terras baratas, pastagem nativa, água abundante e limites naturais (não precisava fazer cercas) começaram a atrair os fazendeiros em meados de 1985, quando a maioria dos quase 1.200 pequenos posseiros desistiu das pequenas lavouras por causa das cheias constantes. O gado devastou as florestas e as matas ciliares, expulsou os animais silvestres e agravou problemas de erosão. Com mais de 70 mil hectares, Ilha Grande foi a mais atingida.
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