De acordo com informações da Agência Estadual de Notíciais, os casos de incêndios florestais em todo o Paraná ultrapassaram as 1.060 ocorrências nos primeiros 15 dias do mês de agosto. Em relação ao mesmo período do ano de 2005, quando foram registrados 517 casos, esse número significa aumento de 105%. O que mais preocupa a coordenadoria estadual da Defesa Civil do Paraná, segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, é que em apenas 15 dias, já houve o equivalente a 20% das 5.448 ocorrências registradas em todo o ano passado. "Estamos enfrentando um período de risco extremo", alertou Pinheiro.
Os motivos que estão levando a esse número de ocorrências de incêndio em vegetação, de acordo com o tenente, são a estiagem prolongada, a baixa umidade relativa do ar e a grande quantidade de pessoas que insistem em usar o fogo para fazer a limpeza de terrenos baldios ou de áreas usadas para o cultivo. O tenente lembra que, para limpar terrenos, deve-se acionar a prefeitura e que as queimadas de áreas de plantação estão proibidas.
Além do dano ambiental que inclui a fauna e a flora, do prejuízo para a qualidade do ar, há risco para as redes elétricas, para as edificações e de acidentes de trânsito, tanto nas cidades quanto nas rodovias. O tenente disse que a previsão da meteorologia é de pancadas de chuvas isoladas e que, em relação aos incêndios, este tipo de precipitação apenas reduz temporariamente o risco.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Placas - O alerta total é de risco extremo e pode ser observado por motoristas que cruzam as estradas do Paraná, por exemplo. Pinheiro explicou que as proximidades dos postos policiais há painéis que se assemelham a um relógio e que mostram, desde o risco nulo de incêndios florestais, indicado na cor verde, até o risco extremo, na cor vermelha. "Essas placas são atualizadas com a última leitura feita por satélite. É preciso que as pessoas prestem atenção nelas. É o momento do motorista colaborar, ajudando as autoridades", disse o tenente. Segundo ele, nenhum cidadão pode se isentar de colaborar.
A colaboração pode se dar de várias formas, como informar os funcionários das praças de pedágio das rodovias pedagiadas, avisar pelo rádio de comunicação dos caminhoneiros ou ligar para os telefones do Corpo de Bombeiros (193), da Polícia Militar Rodoviária (198), da Polícia Militar (190) ou da Força Verde (0800-6430304).