O superintendente regional do Incra no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, participa neste sábado (16) de reunião no assentamento Passo Liso, em Laranjeiras do Sul, sobre o processo de desintrusão de não-índios que será realizado no município em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai). Após uma reavaliação da demarcação de área realizada pela Funai, concluiu-se que parte do assentamento está dentro da Terra Indígena Boa Vista. Ao todo, 11 famílias desocuparão os lotes e serão reassentadas pelo Incra nos assentamentos Eli Vive I e II, em Londrina.

A iniciativa dos estudos, delimitação e demarcação das terras dos povos indígenas no Brasil é da competência do Ministério da Justiça (MJ), por meio da Funai. "A Funai inicia e conclui a demarcação das terras indígenas e coordena as ações de levantamento de ocupantes não indígenas que se encontram nessas terras, realizando, em cooperação com outros órgãos, as avaliações e indenização das benfeitorias", diz Guedes. De acordo com o superintendente do Incra, a autarquia tem função subsidiária no processo, ou seja, promove o reassentamento das famílias que ocupam terras indígenas.

A Funai indenizará as 11 famílias dos assentados pelas benfeitorias realizadas nos lotes incorporados à Terra Indígena Boa Vista. Além disso, o Incra providenciará o transporte do mobiliário até Londrina. Por fim, as famílias ainda terão acesso ao Crédito Instalação (apoio, fomento e habitação) na mesma forma que as demais assentadas nos assentamentos Eli Vive I e II.