O governador Roberto Requião anunciou, nesta segunda-feira (25), na reunião Mãos Limpas, que espera para no máximo 10 dias a conclusão da investigação sobre a rebelião na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O motim, nos dias 14 e 15, deixou seis detentos mortos.
"O inquérito para verificar a responsabilidade do sindicato dos agentes e de alguns funcionários públicos na tragédia da rebelião continua. Espero notícias dentro de, no máximo, 10 dias. Então, saberemos exatamente o que houve", afirmou Requião.
O confronto entre presos de facções rivais é apontado como o principal motivo da rebelião, e pode ter sido facilitado.
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De acordo com o Secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, tudo será esclarecido o mais breve possível. "As investigações estão adiantadas. A polícia está trabalhando intensamente com várias equipes. O nosso objetivo é esclarecer o que aconteceu", afirmou o secretário.
REBELIÃO - O motim começou na noite de quinta-feira (14), depois que os presos entraram em confronto e fizeram três agentes penitenciários reféns. Dos cerca de 1.500 detentos da PCE, aproximadamente 1.200 se envolveram, de alguma forma, no conflito. A Polícia Militar pôs fim à rebelião, sem qualquer tipo de confronto e sem que nem um tiro fosse disparado, por volta das 16h de sexta-feira (15), quando os presos se renderam e libertaram os reféns, ilesos.
A exigência para a rendição dos presos e a libertação dos agentes penitenciários foi a confirmação de que alguns detentos, que moram em outros Estados, possam ser transferidos para penitenciárias mais próximas de suas residências, o que ficará a critério do juiz corregedor dos presídios. Os presos começaram a se entregar, por volta 15h, depois de negociação com a polícia.
Participaram da negociação policiais militares da Companhia de Polícia de Choque, além do secretário da Justiça, Jair Ramos Braga, responsável pelos presídios no Paraná, e também o juiz corregedor Marcio Tokars.