A Justiça Federal de Paranaguá ouviu ontem mais testemunhas de acusação do caso da extração ilegal de 300 unidades de palmito da fazenda do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) em Morretes, em março deste ano. As duas testemunhas confirmaram as denúncias da participação de vigias e da conivência do Ibama na extração.
De acordo com o juiz da 1ª Vara Federal de Paranaguá, Nivaldo Brunoni, os policiais federais Cícero Alves Fernandes e Márcio Luiz Rebelo, que prenderam, em 30 de março, oito pessoas em flagrante na fazenda Bom Jesus, contaram como foi a prisão de três palmiteiros e cinco funcionários da Sentinela, empresa que fazia a vigilância da fazenda.
Os policiais também disseram que ouviram dos funcionários da fazenda que havia um acordo entre o representante do Ibama no Paraná, Luiz Antonio Nunes de Mello, conhecido como ‘Manaus’, e um dos diretores da Sentinela para que o palmito fosse extraído como forma de pagamento das dívidas do instituto com a empresa. Manaus será ouvido por carta precatória em Curitiba no dia 16 de agosto.