O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulgou o laudo sobre a mortandade de peixes constatada na baía de Antonina. A coleta foi feita por técnicos do IAP no dia 17, oito dias depois do primeiro registro da mortandade. O alerta das mortes foi dado por pescadores locais.
As análises da água e a biopsia dos peixes não possibilitou a identificação do motivo das mortes. De acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, o monitoramento continuará sendo feito mas, a partir de agora, em uma ação conjunta entre o IAP, o Centro de Ciências do Mar (UFPR) e o Grupo Integrado de Aqüicultura da UFPR (GIA).
Técnicos do IAP que continuam trabalhando no monitoramento afirmam que o número de peixes mortos já está bastante reduzido e em alguns locais há indícios que a mortandade parou.
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Nos exames dos peixes, várias alterações foram notadas. Todos os peixes tinham massa muscular diminuída, o corpo estava coberto por muco e o aparelho digestivo estava vazio.
Além disso, constatou-se que a pele tinha lesões e os músculos estavam inflamados e com degeneração. Todos esses sintomas indicam que os peixes estavam sem disponibilidade de alimento, apresentando debilidade e desnutrição.
Os peixes também estavam com as guelras aumentadas, o que pode significar pouca quantidade de oxigênio disponível na água.
Os resultados desses exames não permitem determinar a causa exata da mortandade verificada. Como morreram somente bagres, peixes típicos do fundo do mar, uma causa provável foi levantada. Ao revolver o lodo, os peixes teriam liberado os poluentes que estavam retidos nos sedimentos do fundo.
Quanto às amostras de água, o IAP informou que não foi encontrada nenhuma alteração. A água não está poluída, o que reforça a idéia da liberação dos sedimentos retidos no lodo.