Lideranças das áreas de segurança pública, justiça, saúde e assistência social estão reunidas nesta sexta-feira (22), no Salão de Atos do Parque Barigui, em Curitiba, para discutir com o poder público estratégias de prevenção e combate à violência contra as mulheres.
O seminário, organizado pela Prefeitura da cidade, em parceria com a Câmara Municipal, conta com as participações das secretárias nacionais de enfrentamento à violência contra as mulheres, Aparecida Gonçalves e Tatau Godinho, da vice-prefeita da capital, Mirian Gonçalves, da presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Marcia Fruet, da secretária da recém-inaugurada Secretaria Municipal da Mulher, Roseli Isidoro, e do coordenador do Centro de Apoio de Proteção aos Direitos Humanos do Paraná, o procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto.
Para Aparecida, a violência urbana, presente todos os dias nos noticiários, é consequência de décadas e décadas de silêncio dentro de casa. Ela pediu que o Estado e a sociedade se unam para combater o problema. "Muitas vezes a gente fica indignado com um assassinato, com um crime. Mas, na nossa vida cotidiana, há outras situações que a gente vê e não enxerga. Quantas de nós não conhecem alguém que é ou já foi vítima de violência doméstica, de violência sexual? Estamos diante da violência todos os dias e não percebemos. Só vamos tomar uma atitude quando começarmos a enxergar", disse.
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Durante a tarde, representantes do poder público municipal devem assinar o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, um acordo de cooperação federativo voltado à implementação de políticas públicas integradas para essa parcela da população. Curtiba será a última capital do País a aderir ao pacto.
Dados - De acordo com o Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, o Paraná ocupa o terceiro lugar no ranking de assassinatos contra mulheres, atrás apenas do Espírito Santo e de Alagoas. O Estado registrou em 2010 um índice de 6,3 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Foram 338 homicídios, quase um por dia. A média nacional, sétima mais alta do mundo, é de 4,4.
O município de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é o segundo mais violento do Brasil, com taxa de 24,4 homicídios. Araucária, com 13,4, e Fazenda Rio Grande, com 12,2, também na RMC, são outros que figuram na lista dos mais violentos.