O empresário Paulo Pacheco Mandelli, o delegado Mário Ramos e o escrivão Antonio Carlos Albuquerque foram ouvidos anteontem pelo juiz Luiz Antonio Banny, da 11ª Vara Criminal de Curitiba, e negaram qualquer tipo de transação ilegal na liberação de uma pistola semi-automática "Glock". De uso proibido, a arma foi apreendida no dia 31 de maio de 1995 numa das lojas de auto-peças de Mandelli.
Na ocasião da apreensão, Ramos era o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos e teria feito um termo de liberação da arma com base numa nota de importação. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, a nota de importação não existia e a transação configuraria falsidade ideológica, de acordo com o artigo 299, parágrafo único do Código Penal.
O empresário Paulo Mandelli - apontado como um dos maiores proprietários de desmanche de carros roubados do Estado - disse que recebeu a arma do militar carioca aposentado Tarcísio Pacheco de Oliveira, que pediu para que a mesma fosse entregue ao deputado estadual Anibal Khury, na oportunidade presidente da Assembléia Legislativa.
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O escrivão Antonio Carlos Albuquerque disse que apenas colocou no papel o que foi ditado pelo delegado Mário Ramos. Ele explicou que recebeu um telefonema do deputado Anibal Khury dizendo que a pistola lhe pertencia. Houve um acordo e a entrega da nota de importação. Teria ficado definido que os demais documentos seriam enviados na sequência.
O delegado Mário Ramos está afastado de suas funções. Ele é acusado de participação no crime organizado.