A Secretaria de Saúde de Maringá identificou, pela primeira vez na cidade, dois casos de dengue do vírus tipo 2. Registrados há dois meses, só agora houve a confirmação. A situação coloca em alerta os técnicos da Saúde que buscam formas alternativas de prevenção, como a implantação de fiscais de quarteirão nos bairros com maior incidência do mosquito Aedes aegypti.
Desde o início do ano, foram confirmados 620 casos de dengue na cidade, sendo uma hemorrágica que provocou a morte de uma dona de casa. As notificações passam de 1.100 casos. No ano passado, a Saúde registrou 400 casos confirmados. Segundo o chefe da Vigilância Sanitária Municipal, Gilberto Pucca, a tendência é de um número ainda maior em 2003. ''O problema é que agora verificamos o tipo 2, sendo que os registros anteriores eram só do tipo 1'', diz Pucca.
O vírus 2 representa um tipo grave de dengue, sendo que o 3 e o 4 têm uma classificação ainda pior. ''Quanto mais tipos diferentes estiverem circulando, maior ainda a probabilidade de evolução para a dengue hemorrágica'', explica o chefe da Vigilância Sanitária. Pucca teme uma alta incidência da doença com a chegada do verão e um maior volume de chuvas.
Leia mais:
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Educação do Paraná prorroga prazo para matrículas e rematrículas na rede estadual
Um levantamento realizado pela Saúde constatou que 82% dos focos com Aedes aegypti na área central da cidade estão em vasos de planta. Nos bairros da periferia, 78% dos focos se concentram nos quintais das residências, com larvas do mosquito em latas, vasilhames e pneus. Pucca salienta que o mosquito põe ovos em locais com pouca quantidade de água. ''São condições que encontramos nas casas, cuja situação é agravada pela falta de consciência dos moradores'', afirma o chefe.
Pucca diz que a falta de investimentos do Governo Federal em campanhas mais efetivas caminha para o aumento súbito da dengue. Ele afirma que a situação de pobreza de grande parte da população também representa um fator de risco. ''Nossos agentes já localizaram várias vezes quintais com tóneis de água parada e larvas do Aedes, porque o morador estava com o abastecimento cortado por falta de pagamento e recolhia água da chuva'', conta o chefe.
*Leia mais na edição deste sábado da Folha de Londrina
Acompanhe esta notícia e outras relacionadas a este assunto no serviço WAP e SMS dos celulares da Global Telecom.