O Ministério da Educação (MEC) levantou, extraoficialmente, a possibilidade de abrir concurso para 8,5 mil servidores, sendo 5 mil para os hospitais universitários e 3,5 mil para as universidades. A informação, embora não oficial, frustrou as expectativas dos representantes de 26 hospitais universitários, que estiveram em Brasília, na quarta-feira. A principal reivindicação é a abertura de concurso público para a contratação de 19 mil servidores - que hoje trabalham nos hospitais através de contratos junto a fundações, sem concurso público.
No Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), dos 3.331 funcionários, só 1.888 são concursados pelo MEC. Os outros 1.443 são contratados pela Fundação da UFPR (Funpar). O hospital vem sendo pressionado pelo Tribunal de Contas a demitir estes últimos funcionários, uma vez que a legislação exige concurso para cargos públicos. Segundo o diretor do HC, Giovani Loddo, o problema é que o hospital já tem carência de funcionários e a demissão destes 1.443 trabalhadores poderia resultar no fechamento de setores de emergência por falta de pessoal.
Na reunião, as universidades apresentaram três reivindicações ao MEC: a criação de uma solução jurídica provisória para que os servidores das fundações continuem trabalhando até a realização do concurso público; edição de medida provisória permitindo a contratação de funcionários nos hospitais em situações de emergência; e liberação de R$ 60 milhões pelo MEC para ajudar no pagamento da folha de pagamento dos hospitais.
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Segundo Loddo, o HC deveria ter um orçamento de R$ 4 milhões por mês para suprir suas necessidades. Hoje ele funciona com R$ 3,4 milhões, ou seja, com um déficit de R$ 600 milhões. Para ele, o ideal seria o concurso público. Assim, a folha de pagamento dos funcionários da Funpar, - de R$ 1,7 milhão - passaria para a UFPR.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha de Londrina desta sexta-feira