A Polícia Civil de Sertanópolis (40 km de Londrina) retomou as investigações sobre a denúncia de prática de indução à morte ocorrida no Hospital São Lucas por uma médica do corpo clínico.
O delegado Adriano Admir da Cruz Ribeiro havia pedido uma prorrogação do inquérito à Justiça e a autorização foi liberada na semana passada. Nesta semana, novas testemunhas foram ouvidas e documentos do hospital serão analisados pelo delegado. Caso as denúncias sejam comprovadas, a médica será indiciada por homicídio doloso.
A morte ocorreu em 25 de março e vitimou um paciente em estado grave de 87 anos. Uma enfermeira, autora da denúncia, e uma assistente testemunharam a médica aplicando uma solução de cloreto de potássio na vítima, que morreu logo em seguida.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
A acusada teve contrato cancelado com o hospital no início do mês após investigação interna. A comissão não culpou formalmente a profissional mas decidiu demiti-la pela suspeita e pelo clima de tensão que se instaurou no corpo clínico.
Nove testemunhas, entre funcionários do hospital e familiares do paciente, já foram ouvidas. Segundo o delegado, outras testemunhas devem ser arroladas e a médica deve ser ouvida apenas no final do inquérito. ''Temos que ouvir algumas pessoas do corpo clínico que estão faltando e analisar os documentos para chamá-la'', justifica.
Caso a denúncia fique comprovada no inquérito, a médica vai ser indiciada por crime de homicídio doloso, com pena de até 30 anos de detenção. No início das investigações, a polícia ainda não havia qualificado o caso e conjecturava sobre a possibilidade de indiciá-la por negligência médica. ''Negligência é falta de medicação ou erro e não é esse caso, em se comprovando essa denúncia a conduta não foi de negligência pois houve dolo (intenção)'', afirma o delegado.
A médica, que até agora tem preferido não se pronunciar à imprensa, não foi encontrada e não retornou recado deixado em seu consultório.