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Medo do amianto derruba mercado do fibrocimento

Redação - Folha do Paraná
24 jan 2001 às 19:01

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A indústria brasileira de fibrocimento perdeu pelo menos 50% da participação do mercado de caixas d"águas e cerca de 10% do mercado de cobertura de residências nos últimos dois anos, por causa das campanhas contra a utilização do cimento amianto (nome popular do fibrocimento).

A informação é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidoras de Fibrocimento (Abifibro) João Carlos Duarte Paes, que esteve nesta quarta-feira em Curitiba. Ele ressalta que o prejuízo aconteceu desde que as campanhas contra produtos que utilizam o cimento amianto se intensificaram no País, resultando na proibição do mineral no Mato Grosso do Sul e em três municípios paulistas.

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O presidente da Abifibro rebate as informações divulgadas no último domingo pela Folha, sobre os malefícios do amianto e diz que esse tipo de divulgação "está comprometendo a indústria de fibrocimento, trazendo perdas significativas para o mercado".

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Na reportagem, especialistas afirmam que o amianto é um mineral cancerígeno e altamente tóxico. O produto já foi proibido em 21 países e no Brasil tramita um projeto de lei do deputado Eduardo Jorge (PT - SP) para banir a utilização do mineral como matéria-prima.

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Paes afirma que o amianto não representa risco para população e que a Lei nº 9.055, de 1º de junho de 1995, que regulamenta a extração e uso do mineral, garante a segurança dos trabalhadores. Ele salienta ainda que acordo feito entre a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto, instituído em 1989 e atualizado a cada dois anos, permite que os próprios funcionários verifiquem e fiscalizem as condições de trabalho nas indústrias que utilizam o mineral.


Mesmo não concordando que o amianto seja um produto nocivo, a Abifibro está estudando formas de substituir o mineral como matéria-prima. Deve apresentar para o governo, projeto solicitando prazo de oito anos para substituir gradativamente o mineral dos produtos fabricados por outros alternativos.

Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira


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