Um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo, organização criminosa que atua dentro dos presídios, foi preso no Paraná. De acordo com o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Luiz Alberto Cartaxo, ele e mais seis pessoas planejavam resgatar dois presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba.
Marcelo Amorim Cardoso, de 29 anos, foi preso com mais duas pessoas em Matinhos, Litoral do Estado. Na casa, a polícia apreendeu uma fita de vídeo, o estatuto do PCC e armamento pesado. Na fita, quatro homens encapuzados falam sobre os princípios da organização. No estatuto, uma das regras prevê a pena de "morte sem perdão" para o integrante que estiver em liberdade e "esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia".
Além de Marcelo, foram presos em Matinhos no último dia 8, Denize Barbosa dos Santos, 27 anos, e Andreia Fernandes Pinto, 24. Outro integrante, Marcelo Claudino da Cruz, foi preso em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Três pessoas estão foragidas.
Leia mais:
Pesquisadora da UEM transforma fibra da macaúba em embalagem biodegradável
Procon-PR promove mutirão Renegocia na próxima semana para negociação de dívidas
Cataratas do Iguaçu têm vazão de sete milhões de litros de água por segundo
Polícia Civil deflagra operação contra tráfico de drogas no Noroeste do Paraná
De acordo com Cartaxo, as investigações comprovaram que os quatro planejavam resgatar os presos Misael Aparecido da Silva e Cesar Augusto Roriz Silva, da PCE. Os dois presos são também líderes do PCC, que foram transferidos de São Paulo para o Paraná depois de participarem de uma rebelião. O grupo teria roubado dois carros de uma corretora em Curitiba para serem utilizados no resgate.
O delegado conta que o PCC está participando da formação de uma organização criminosa dentro dos presídios paranaenses, o PCP (Primeiro Comando do Paraná). "A situação é preocupante. A organização é muito mais forte do que aparentava e o pior é que começa a ameaçar o nosso estado", afirma Cartaxo. Os quatro presos devem ser recambiados para São Paulo.