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Meningite matou cem pessoas no Paraná neste ano

Redação - Folha do Paraná
13 jul 2001 às 18:16

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A morte de Andriele Spacki, 3 anos, por meningite, na última quinta-feira, suscitou nova preocupação das secretarias Municipal e Estadual de Saúde no combate à doença em Curitiba. Foi a quinta morte registrada este ano na Capital por meningite meningocócica, uma das manifestações mais graves da doença.

A Secretaria Municipal de Sáude já registrou 22 vítimas fatais de todas as formas da doença este ano, em 322 casos. Desde janeiro, em todo o Estado já foram notificados 100 óbitos decorrentes dos diversos tipos de meningite, em 1.379 casos.

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As secretarias alertam que a situação não pode ser considerada uma epidemia. A doença está controlada, conforme garante a médica chefe do Departamento de Doenças Imuno Previníveis da Secretaria Estadual de Saúde, Miriam Woisk. Ela compara o índice atual com dados do mesmo período do ano passado e revela que o índice da meningite reduziu. De janeiro a junho do ano passado, foram notificados 1.455. "Este ano, no mesmo período, o registro caiu para 1.379", reforça.

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As meningites são infecções nas meninges (membrana que recobre o cérebro) e podem ser provocadas por vírus, bactérias, fungos, entre outros agentes transmissores. Dependendo da gravidade, pode causar sequelas ou até mesmo levar à morte. Os sintomas mais frequentes são febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômitos e rigidez na nuca. "Ao notar esses sintomas, as pessoas devem procurar um médico", orienta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde Betina Gabardo.

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Segundo dados da prefeitura, a taxa de letalidade da doença está caindo na Capital, o que mostra que a meningite está sob controle e não caracteriza surto. Em 1999, dos 802 casos notificados em Curitiba, foram registrados 60 óbitos. No ano passado, das 641 pessoas que contraíram a doença, 55 morreram.


A doença não é sazonal, mas no inverno a incidência aumenta. Isso acontece porque o frio faz com que as pessoas prefiram ambientes fechados, facilitando a propagação do vírus transmissor de uma das formas de meningite.


Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de tratamento. Essa é a maior preocupação das secretarias no combate aos diversos tipo de meningite. No caso mais recente, a menina Andriele teve o diagnóstico rápido, mas mesmo assim não resistiu à doença. Ela frequentava a creche municipal Camponesa, na Cidade Industrial de Curitiba. Funcionários e alunos já receberam medicação preventiva e os pais dos alunos que frequentam a instituição foram avisados para ficarem atentos ao comportamento dos filhos.

Qualquer sinal da doença deve ser notificado à Unidade de Saúde mais próxima.


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