O Cartão Nacional de Saúde deve ser testado pela primeira vez no País daqui a duas semanas. O município paranaense de Cerro Azul (97 km ao norte de Curitiba) vai dividir a responsabilidade de medir a eficácia do projeto com São José do Rio Preto (SP) e Aracaju (SE). O cartão de plástico, semelhante ao cartão de crédito, vai substituir as carteirinhas de papel do Sistema Único de Saúde (SUS).
A diretora de sistemas da Secretaria da Saúde do Estado, Márcia Huçulak, diz que cartão integra o projeto para informatizar o atendimento dos pacientes do SUS. Ele vai ser a chave para identificar o usuário e acessar todos os atendimentos que ficarão cadastrados nos computadores do Ministério da Saúde. "Tudo vai ser mais ágil. O médico vai deixar de preencher fichas para fazer o atendimento", afirma.
Márcia diz que 31 municípios do Estado já estão capacitados para operar o novo sistema. A maioria fica na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Ela acredita que a implantação do cartão vai dar a chance para os governos estaduais e municipais controlar melhor os gastos com a Saúde. "Com a informatização, vamos poder identificar com maior rapidez regiões com maior ou menor incidência de determinada doença e assim fazer um planejamento", exemplifica.
Para ter acesso aos cartões, a população terá que passar por um cadastramento. O trabalho ficará sob a coordenação das secretarias municipais de Saúde. A previsão é de que a maior parte dos cerca de 10 milhões habitantes do Estado recebam o cartão. Em Curitiba, um projeto semelhante entrou em operação em fevereiro de 1999. O Cartão Saúde já foi distribuído para cerca de 780 mil pessoas da Capital.
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O projeto desenvolvido na capital do Estado difere da idéia que o Ministério da Saúde vai testar nas próximas semanas. O Cartão Saúde não serve apenas para identificar os pacientes e verificar a quantidade de pacientes. Ele pode acessar todo o prontuário médico do paciente em qualquer unidade de saúde da cidade que estiver conectada ao sistema. A Secretaria municipal de Saúde destaca que isso pode se reverter num diagnóstico mais preciso do paciente.
A diretora de sistemas Márcia Huçulak diz que a diferença entre um projeto e outro não vai comprometer o uso do cartão nacional em Curitiba. "Os sistemas não são incompatíveis."