Moradores da Rua João Bussadori, no Jardim Tókio, em Londrina, estão revoltados com o modo como foi realizada a poda das árvores no local, na última semana. A maioria das árvores foi cortada em forma de "v" para liberar a fiação elétrica, sem levar em conta a conservação das espécies ou aspectos paisagísticos.
"Na verdade, não foi feita uma poda, mas apenas um corte para livrar os fios. E o corte nos ramos que deveria ser na diagonal, para impedir infiltração de água na planta, está reto", afirmou um dos moradores, o aposentado Jair José Mendonça, 62 anos. Ele reclama que um ipê, que fica em frente a sua casa, não floresceu mais depois de várias podas com as mesmas características.
Os moradores reivindicam que o trabalho seja feito por pessoas especializadas. "Fui podador de árvores por muitos anos na UEL (Universidade Estadual de Londrina) e lá as podas são feitas para conservar as árvores, aqui ficou um buraco no meio", disse o aposentado Oswaldo Cantanti, 71 anos. "No centro da cidade não se vê um trabalho desses, toda vizinhança abominou a poda", disse Jair Mendonça.
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De acordo com o técnico especializado da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), Luiz Miguel Gerônimo, até o final de setembro mais de 16 mil árvores devem ser podadas na cidade. A poda de segurança, como é chamada pela Copel, libera os fios de alta e de baixa tensão. "O principal objetivo é com a segurança, para evitar que um dos cabos se rompa e caia no chão. Outra meta é evitar o desligamento", explicou.
Segundo o diretor operacional da Autarquia Municipal do Ambiente (AMA), João Mendonça, será feito um trabalho de acabamento na poda feita pela Copel. "O trabalho da Copel é muito rápido e com uma finalidade específica, mas estamos programando podas para permitir a sobrevida das árvores, e a não penetração de umidade", disse. O acabamento, de acordo com Mendonça, só deverá ser feito em 30 dias, depois que for concluída licitação para erradicação de 1,2 mil árvores.