Apesar de o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) indicar que 2% das vagas dos estacionamentos em vias ou espaços públicos devem ser destinadas a deficientes físicos e com mobilidade reduzida, motoristas insistem em descumprir a lei, estacionando em locais proibidos.
Segundo Andressa Góis, gerente do Rotativo Cornélio, órgão responsável por administrar as vagas para estacionamento em Cornélio Procópio, no município foram destinadas 3% a mais do que o previsto na lei. "No total são 735 vagas pintadas, algumas ainda sem o parquímetro (dispositivo eletro-mecânico usado para controle de estacionamento rotativo), sendo que 32 dessas vagas, destinadas aos deficientes, quase 3% a mais do que o previsto na lei do CTB", explica.
No entanto, para a cadeirante Fernanda Yumiko Matsubara, o desafio é grande quando precisa estacionar o veículo da família. "Não dirijo ainda, mais sempre saio de carro com familiares e amigos, sempre conseguimos as vagas em outras cidades, como exemplo Londrina. Já em Cornélio Procópio cidade onde resido, só conseguimos estacionar uma única vez, pois ninguém respeita as vagas de deficientes", relata.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
A responsabilidade em fiscalizar as vagas dentro da cidade é do PELTRAN - Pelotão de Trânsito de Cornélio Procópio. Segundo o Sargento Gomes, a lei é clara e está no Código de Trânsito. "O descumprimento da lei acarretará em infração leve, com perda de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação e multa de 50 Ufirs (equivalente a R$ 53,20)", esclareceu.
A reportagem percorreu os pontos mais movimentados de Cornélio Procópio e constatou má qualidade na infraestrutura, calçadas com obstáculos e rampas de acesso fora do padrão exigido pelo Código de Postura do Município.
Uma das vagas localizada na baixada da Avenida XV de Novembro, destinada para o estacionamento de pessoas com deficiências, encontra-se em situação precária e sem condições de uso, devido às falhas no asfalto e péssima sinalização, apenas com a pintura do chão e sem placas indicativas.
Até o fechamento da matéria o DETRAN-PR não havia informado o número de pessoas habilitadas com deficiência.