Cerca de 30 motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana fizeram nesta quinta-feira uma manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, para pedir mais segurança ao governador Roberto Requião (PMDB), que acumula o cargo de secretário da Segurança. Essa foi a primeira manifestação no local depois que o governo retirou as grades em volta do Palácio, na noite do último dia 17. A categoria está revoltada com as agressões sofridas por um motorista, uma cobradora e dois passageiros, durante assalto em Almirante Tamandaré, região metropolitana, na noite de domingo.
Denilson Pires, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região (Sindimoc), tentou uma audiência com o governador pela manhã mas, segundo a assessoria de Comunicação do Palácio Iguaçu, Pires conversou com o chefe de gabinete do governador, Marcelo Jurgend. O Sindimoc reivindicava a instalação de um módulo policial no ponto final do Jardim Gramados, em Almirante Tamandaré, onde ocorreu o assalto. O governo, porém, comprometeu-se a destacar uma viatura para o local, nos horários mais críticos (manhã e noite). A viatura -uma solução provisória- não fará atendimento 24 horas. Segundo Pires, o governo prometeu estudar a possibilidade de instalar o módulo policial, cujos custos o sindicato se dispôs a pagar. O Palácio Iguaçu, porém, informou que os módulos, a princípio, não fazem parte da atual política de segurança.
O assalto deste domingo deixou o motorista do ônibus, Celestino Leite, em estado grave. Um grupo de três assaltantes agrediu, como uma marreta, o motorista e a cobradora, Telma Regina da Cunha. Leite está internado na UTI do Hospital Cajuru, em Curitiba. Telma está em casa, se recuperando.
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Sidney Rogério, funcionário da empresa de ônibus Tamandaré que foi socorrer as vítimas, conta que foi agredido pelos assaltantes. Ele tem ferimentos no braço e na barriga. ''Precisamos de um módulo policial. Não tem condição de ficar do jeito que está, é muita violência'', reclamou. Rogério disse que estava em casa quando o assalto aconteceu, e foi chamado pela mãe para socorrer o motorista, que ele conhece. ''(Celestino Leite) levou umas quinze marretadas. E a cobradora também apanhou, levou umas cinco marretadas''.
Segundo o delegado Wallace de Oliveira Brito, de Almirante Tamandaré, os três assaltantes continuam presos. Saulo Ribeiro Zaczeski, 18 anos, Everaldo de Assis, 19 anos, e I.J.A, 16 anos, foram autuados em flagrante na segunda-feira, e estão sendo investigados por outros crimes, como lesão corporal e ameaças, de acordo com o delegado.