O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo Regional de Maringá, pediu à Justiça a instauração de processo criminal contra a dona de uma boate do município de Campo Mourão, por denunciação caluniosa.
De acordo com a denúncia, ajuizada na última quinta-feira (16), a comerciante Maura Soriano teria feito acusação falsa contra o então delegado-chefe da Subdivisão Policial de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós. Em março de 2011, ela procurou a Delegacia da Polícia Federal em Maringá para dizer que o delegado estaria indevidamente negociando veículos apreendidos, apontando um em especial. Citou outros nomes que em tese saberiam do fato relatado e entregou um CD com fotos do veículo.
Durante a investigação feita pelo Ministério Público, na qual foram ouvidas diversas pessoas, foi apurado que o delegado havia instaurado regularmente o inquérito policial referente aos fatos envolvendo aquela apreensão e que o veículo estava recolhido no local adequado.
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A comerciante, que havia tido sua boate fechada pela polícia, mudou a versão dos fatos diversas vezes durante as investigações. "Sobretudo pelas contradições e inovações de versões, ficou caracterizado que a denunciada, tendo plena liberdade de escolha e oportunidade de retratação, repetidamente caluniou o delegado, imputando a ele crimes contra a Administração Pública, peculato desvio e corrupção passiva, sabendo que o mesmo era inocente", afirma o promotor de Justiça Laércio Januário de Almeida, que assina a denúncia.