O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) a Operação Leite Compen$ado II, que investiga um esquema criminoso de adulteração do leite in natura com adição de água e ureia, contendo formol.
Foram cumpridos seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão nos municípios de Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina.
Segundo o MP, cerca de 113 mil litros de leite batizado eram transportados para a Confepar até o Paraná.
Leia mais:
Cinco livros para conhecer obra literária de Dalton Trevisan, morto aos 99 anos
Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025
Arapongas e Cambé alertam para golpe do alvará de funcionamento
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
De acordo com Mauro Rochenback, desde fevereiro deste ano a empresa estava ciente de que o leite cru recebido dos postos de resfriamento no RS nos quais houve detecção de formol não deveria ser utilizado na produção de leite UHT e pasteurizado. No entanto, ainda não é possível atestar se a medida foi cumprida. "Quem deve responder isso é a empresa", observou o Promotor.
Em nota enviada à imprensa no final da tarde, a Confepar disse que repudia "ações fraudulentas, como as citadas nas investigações do Ministério Público" e garantiu que "sempre cumpriu com rigor seus procedimentos e controles internos de qualidade, dentro dos padrões da legislação vigente."
"O leite apreendido no Rio Grande do Sul, na operação Leite Compensado, continua sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura e nunca foi destinado para nossa unidade industrial de Londrina", declarou a empresa.
"A cooperativa esclarece que a Coopleite - Cooperativa Central de Captação de Leite, afiliada da Confepar e responsável pela captação de leite, no Rio Grande do Sul, recebeu o memorando do Ministério da Agricultura e, de imediato, intensificou as análises e controles do produto recebido com processos ainda mais criteriosos, que não apontaram nenhum problema ou irregularidade", acrescentou a Confepar.
(Atualizada às 17h48)