O promotor de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Francisco Zanicoti, está pedindo uma pena de mais de 100 anos de cadeia para MArcelo Borelli, acusado de torturar por 21 vezes uma menina de cinco anos.
Zanicoti entrega na segunda-feira, na 1ª Vara Criminal, o relatório com as alegações finais do Ministério Público. Desta forma, encerra-se a participação do Ministério Público de São José dos Pinhais no caso. Apesar da pena solicitada ser de mais 100 anos, o promotor lembra que a legislação - no caso de condenação - não permite que o réu fique mais de 30 anos na cadeia.
Há mais de uma ano, Borelli foi preso pela Polícia Federal, em São Luiz do Purunã, perto de Curitiba. No caminhão que dirigia, a polícia encontrou várias armas que ele estaria transportando para uma casa em São José dos Pinhais. No local, que ficava próximo a cabeceira do Aeroporto Afonso Pena foi encontrada uma fita de video-cassete, além de armas e produtos utilizados em crimes que cometeu.
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Na fita havia cenas de tortura contra uma criança. Nas cenas mais chocantes, ele afogava a menina, pisava na barriga e a espancava. A criança é filha de uma suposta amante de Borelli - que pode ter sido conivente com o ato - com um dos seus comparsas. Em depoimento, o torturador afirmou ter cometido esta barbaridade para se vingar do pai da criança.
Em Londrina, Borelli é acusado de ser o mentor do assalto ao avião da Vasp no ano passado. Em Brasília, pesam sobre ele as acusações de assaltar e roubar dinheiro de outro avião da Vasp. Ele também teria assaltado um carro-forte.
Apesar de no início do mês passado, ter feito refém um carcereiro da Polícia Federal, em Brasília, e conseguido a remoção para Curitiba, Borelli teve de retornar para a Capital federal. O secretário de Segurança do Paraná, José Tavares alegou que o Estado não possui condições de segurança para abrigar o criminoso, tido como de alta periculosidade.