Trabalhadores rurais sem-terra vindos de aproximadamente 60 acampamentos, iniciam às 6 horas da manhã desta quinta-feira, uma caminhada de 130 quilômetros, saindo de Ponta Grossa em direção a Curitiba.
A mobilização organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) lembra a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, no interior do Pará, em 1996. A expectativa, nesta quarta, era de reunir, pelo menos, 200 pessoas.
O diretor do MST, Célio Rodrigues, afirmou que os sem-terra também irão se manifestar pela reforma agrária, contra a guerra no Iraque e contra a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A previsão é que os trabalhadores cheguem em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, na próxima segunda-feira.
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De Campo Largo, os sem-terra seguirão para a Capital, onde permanecerão até o dia 16, alojados no Ginásio de Esportes Tarumã. A programação em Curitiba prevê palestras na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Na primeira noite, o tema será ''Imperialismo'', apresentado por Plínio de Arruda Sampaio. O ex-assessor da Confederação Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), padre Inácio Neutzling, falará sobre os movimentos sociais que lutam contra a globalização. A Reforma Agrária e a Alca serão temas da última noite, apresentados pelo coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile.