O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) retirou nesta quinta-feira de manhã as cerca de 400 cabeças de gado que estavam na fazenda São José, em Campina da Lagoa (100 km ao sul de Campo Mourão). A retirada fez parte de um acordo para o cumprimento pacífico de uma ordem de reintegração de posse.
Os sem-terra arrendaram uma área para deixar cerca de 200 cabeças de gado. A outra metade foi vendida para um pecuarista de Campina da Lagoa. No início da semana, o grupo chegou a dizer que precisava de mais prazo para conseguir uma nova área para os animais. A fazenda São José estava ocupada pelo gado desde agosto de 2001.
Um acordo feito com os donos da propriedade, os irmãos José e Aloysio Ludvig, também prevê que os sem-terra poderão colher o milho que plantaram na área. Pelo acordo, os integrantes do MST deverão deixar de transitar pela fazenda e a colheita deverá ser feita por apenas quatro homens.
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''Deixaremos de transitar pela fazenda, mas ficaremos no acampamento ao lado até que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) decida nosso destino'', disse um sem-terra que se identificou apenas por José Carlos. Segundo ele, a retirada do gado não significa que o MST desistiu da fazenda São José. O acampamento das 48 famílias fica numa chácara arrendada pelos sem-terra.
Segundo da Polícia Militar, a retirada do gado aconteceu sem incidentes. Na segunda-feira a polícia deslocou mais de 150 policiais para a reintegração de posse da fazenda.