As líderes do movimento de mulheres de PMs, que haviam sido detidas durante a desocup[ação, já foram liberadas. Roseli Maia, Brendali dos Santos e Rosicler Bonatto foram detidas na noite de terça-feira no 2º Distrito Policial de Curitiba por resistirem e desobedecerem à ordem judicial de desocupação de área pública (conforme a lei 9099 do Código Penal). Elas foram liberadas na madrugada de ontem, após prestarem depoimento ao delegado Carlos Castanheiro.
As duas responderão processo no Juizado Especial Criminal de Curitiba. "Neste caso, a pena aplicada é alternativa. Pode ser o pagamento de cestas básicas ou a prestação de serviços à comunidade", explicou o delegado.
Traumatizada, Roseli Maia, fez exames de lesões coroprais no Instituto Médico Legal de Curitiba (IML), nesta quarta-feira pela manhã. "Vou processar os dois policiais que bateram em mim. Tenho os nomes deles, mas ainda não posso divulgá-los por orientação do meu advogado", informou.
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Roseli disse que levou vários chutes e murros durante a operação policial. "Estou com hematomas nas pernas, barriga e braços. Isso o que fizeram foi uma violação aos direitos humanos", concluiu.
Ela não participará mais do movimento porque está respondendo processo e tem medo de se manifestar. "Tenho vergonha da humilhação pela qual passei. Foi um ato de covardia do governo mandar mais de 300 policiais para retirarem 30 mulheres de frente do quartel", afirmou.