Dez municípios assinaram a participação no consórcio intermunicipal que vai administrar o lixo em Curitiba e região metropolitana. O consórcio vai fazer os serviços de coleta, transporte, transferência, tratamento e destinação final dos resíduos gerados na região.
Uma empresa será contratada através de licitação para administrar o lixo. Ela ainda irá construir um novo aterro sanitário para substituir o do Caximba, que estará saturado até o final de 2002. O Caximba recebe 2,4 mil toneladas diárias de resíduos de Curitiba e de mais doze municípios.
De acordo com o prefeito Cássio Taniguchi, a empresa será responsável também pela escolha do local para o novo aterro, que já provocou muita polêmica. No final do ano passado, a população de Rio Branco do Sul rejeitou em um plebiscito a construção do aterro na cidade. "Aquilo não foi manifestação popular, mas sim política. A polêmica pode até voltar a acontecer em outro município, mas quem receber o aterro terá uma série de benefícios", diz Taniguchi.
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Mas para municípios como Araucária, que decidiu não participar, o consórcio é melhor para Curitiba do que para os outros participantes. "Isso é coisa gigantesca, será difícil achar um lugar onde construir um novo aterro assim tão grande. Ninguém vai querer. Os municípios podem tratar o seu próprio lixo", afirma o secretário de Meio Ambiente de Araucária, Lucínio Leônidas Grebos. Araucária está começando um estudo para definir um local no próprio município para construir um aterro menor. O secretário disse que há possibilidade de se unir a mais uma prefeitura.
Para o prefeito de Mandirituba, Luiz Chimim (PPB), que assinou a criação, o consórcio é mais econômico. "O nosso município é pequeno e não tem condições financeiras para construir um aterro." O prefeito de Pinhais, Luiz Cassiano de Castro Fernandes (PSDB) afirmou que o consórcio é a única saída para os municípios menores.