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Nos tempos da Jovem Guarda

Zeca Corrêa Leite - Folha do Paraná
05 mai 2001 às 17:56

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A Jovem Guarda entrou na vida madura, caminha solene para a terceira idade, mas ainda veste terninho, mini-saia e tem legiões de apaixonados. Com esse perfil é de se esperar que seja um sucesso o show "Splish, Splash" que o Vocal Brasileirão apresenta neste final de semana. A turma de Roberto Carlos e aqueles que o antecederam, preparando o terreno, serão lembrados no espetáculo.

"Banho de Lua", por exemplo, foi um dos maiores sucessos de Celly Campelo, a primeira roqueira que o País conheceu na passagem dos 50 para os 60, mas que jogou tudo para o espaço para se casar. Poucos anos depois o queridinho da vez era o "Rei". Ocupou o trono e ficou. Dessa época esfusiante é "É Papo Firme" e também os hits de Erasmo Carlos ("Sentado à Beira do Caminho", "Pode Vir Quente que Estou Fervendo"), Leno e Lilian ("Pobre Menina") e mais Wanderléa, The Golden Boys, Jerry Adriani, Martinha, Rosemary.

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Esse universo estará no espetáculo preparado pelo maestro Marcos Leite, com direção cênica de Márcio Mattana. "Splish, Splash" foi dividido em blocos: "no rádio do carro", "uma matinê de cinema", "festinha de garagem", "na tela da TV", "um carro a 120 km por hora", "homenagem a Roberto Carlos" e "uma festa de arromba".

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Para dar mais autenticidade a produção garimpou nos brexós o figurino dos anos 60. Essa foi a década em que a rapaziada rompeu com o estilo clássico e deu origem às loucuras que viriam a seguir. Eram tempos de revolução comportamental em todo o mundo, como lembra Marcos Leite. Com a música não poderia ser diferente. Na ebulição dos costumes nasceu a Jovem Guarda, enquanto noutra raia a MPB iria imperar solene. Havia, enfim, diversidade - melhor ainda, com qualidade.

Serviço: "Splish, Splash", com o Vocal Brasileirão. Sucessos dos astros da Jovem Guarda estão no programa. Sábado às 21 horas e domingo às 19 horas, no Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 696). Ingressos: R$ 7,00, R$ 5,00 e R$ 3,50 (estudantes).


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