A Polícia Militar do Paraná vai colocar em operação um sistema para diminuir a quantidade de trotes e de ligações telefônicas equivocadas para a Central Integrada de Emergência (Cine), que atende pelo número 190. A partir do próximo mês, todas as chamadas para a central terão identificação do endereço de onde partiu a ligação. "Esperamos reduzir o número de ligações erradas e de trotes em pelo menos 5%", diz o capitão César Alberto Sousa, responsável pelo setor de planejamento do Comando de Policiamento da Capital.
Conhecido como "call-center" das polícias Militar e Civil, o sistema já grava e armazena apenas as mensagens recebidas e o número do telefone. "Com a identificação do endereço, o trabalho se tornará mais ágil e poderemos tomar providências para reduzir ainda mais a quantidade de trotes", afirma o capitão.
A Central de Emergências recebe chamadas da população de Curitiba e de 11 municípios da Região Metropolitana, direcionadas para as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Siate.
O chefe da Central Integrada de Emergência, major Jorge Costa Filho, diz que a maioria dos trotes é feita por crianças e adolescentes. "Quando percebemos que um menor está fazendo a ligação, pedimos para falar com os pais ou responsáveis."
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Em alguns casos, a Polícia Militar solicita uma visita do Conselho Tutelar da Criança à casa do adolescente para orientar sobre a utilização correta do telefone 190.
Pelo levantamento da Central Integrada de Emergência, 63% das ligações recebidas pelo 190 não se tratam de emergência. "Infelizmente, a população utiliza o serviço para outras necessidades como solicitar informações de órgãos públicos, o que não é exatamente o nosso trabalho", diz o major Costa.
A Polícia Militar está distribuindo folhetos e orientando a população para o uso correto da Central de Emergências. Os oficiais do Programa de Erradicação de Drogas e Violência, que dão palestras em escolas e outros locais públicos, também estão explicando em quais ocasiões as pessoas podem usar a Central de Emergência. "É um trabalho de conscientização que traz excelentes resultados a toda a população. É necessário que as pessoas só acionem a polícia em casos graves", diz o major Jorge Costa Filho.