Cerca de 11 milhões de mulheres brasileiras sofrem de osteoporose, doença que implica na redução dos ossos do corpo e que não tem cura. Não existem dados estaduais sobre a enfermidade, mas estudo feito pelo médico Sebastião Cezar Radominski, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, aponta a incidência da doença no Paraná como alarmante. Para discutir o assunto e apresentar os resultados de um novo medicamento utilizado no tratamento da osteoporose, cerca de 300 médicos estiveram reunidos nesta terça-feira em Curitiba.
O remédio actonel, elaborado pelo laboratório europeu Aventis é o principal avanço no tratamento da doença, segundo explica Radominski. O medicamento é uma esperança para as mulheres que sofrem com a enfermidade.
A doença atinge principalmente as mulheres que já passaram pela menopausa (geralmente após os 45 anos) e causa diminuição da estatura e fragilidade dos ossos, fazendo com que aconteçam fraturas com mais frequência.
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A preocupação maior, revela o médico, é com a fratura no fêmur. Ele salienta que cerca de 20% das mulheres que sofrem esse tipo de fratura não resistem ao tratamento e morrem após o primeiro ano da cirurgia. "Além disso, a osteoporose afeta a qualidade de vida na terceira idade", complementa o médico.
As causas da doença são a perda do estrogeno (hormônio feminino), alimentação pobre em cálcio, uso prolongado de alguns medicamentos e imobilização por tempo prolongado. Pessoas de pele clara também estão no grupo de risco. "Esse fator contribui para a que a incidência da doença seja alarmante no Estado", enfatiza Radominski.
Embora não revele números, o relatório elaborado pelo médico identifica duas vezes mais casos no Paraná do que em Campinas (SP). Isso, explica o médico, pela grande descendência européia da população paranaense. Ele esclarece que mulheres brancas tomam menos sol, um dos fatores que contribuem para a absorção do cálcio pelo organismo.
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira