Dos 4 mil presos atendidos atualmente pelo Sistema Penitenciário do Paraná, por cumprirem penas alternativas ou estarem em liberdade condicional -os chamados egressos-, cerca de 70% são dependentes de drogas lícitas ou ilícitas. Na capital paranaense, o Patronato Penitenciário atende 700 egressos. Apenas duas psicólogas fazem o acompanhamento dos ex-detentos por um período de um ano.
De acordo com a diretora do Patronato, Vera Lúcia dos Santos, no caso das mulheres a incidência das drogas é ainda maior. Quase 80% das apenadas são dependentes de drogas e foram presas por envolvimento com tráfico. A faixa etária varia entre 18 e 25 anos. ''O tráfico é um crime hediondo e o apenado tem que cumprir 60% da pena em regime fechado. Depois disso poderá ir para as ruas, mas recebe um acompanhamento rigoroso.'' Do total de egressos acompanhados pelo patronato, 10% acabam reincidindo.
Hoje, 200 egressos estão sendo acompanhados por determinação judicial. No entanto, outros poderão ser atendidos com a criação e inauguração do Núcleo de Orientação e Atendimento a Dependentes Químicos (Noad), unidade de apoio da Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa) e do Patronato Penitenciário. A inauguração foi nesta quinta-feira e foi prestigiada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, José Tavares, pela procuradora geral da Justiça, Maria Teresa Uille Gomes, e pela primeira-dama de Curitiba, Marina Taniguchi.
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De acordo com a coordenadora do Noad, Cléia Oliveira Cunha, a intenção é dar atendimento aos réus envolvidos com álcool e drogas e a seus familiares.
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