O governador Roberto Requião anunciou a realização de uma grande operação de segurança para a região de Foz do Iguaçu, durante a reunião semanal com os integrantes da Operação Mãos Limpas, nesta terça-feira.
Está prevista uma série de medidas de policiamento, com a utilização de embarcações, radares e um motoplanador, para vigiar o lago de Itaipu e o Rio Paraná, na fronteira com o Paraguai e a Argentina, com o objetivo de coibir o contrabando, especialmente de drogas e armas.
A operação será feita com a participação da Polícia Federal e com a colaboração da Itaipu Binacional, que adquiriu duas embarcações, uma blindada e outra de alta velocidade, além de um sistema de radar para fazer a varredura dos 40 quilômetros do lago.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
O governador citou ainda os resultados já obtidos em Foz com a operação concentrada contra furto de veículos. Não houve registro de nenhum roubo nos últimos sete dias, graças ao trabalho integrado das polícias civil e militar.
Segundo o delegado chefe da 6ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu, Aroldo Davidsom, nos últimos três meses foram desarticuladas 13 quadrilhas especializadas em furto de veículos.
O sucesso da operação deveu-se, segundo o delegado, "à estratégia de colocar nas ruas todo o efetivo da polícia civil de Foz, que inclui 77 policiais entre escrivães e investigadores, para trabalhar na prevenção desse tipo de crime, junto com a polícia militar".
Na reunião desta terça-feira também foi discutida a realização de grandes operações de segurança em Curitiba e Região Metropolitana, a começar nos próximos dias, para combater todos os tipos de delitos.
O governador determinou ainda que toda operação de desocupação de áreas invadidas sejam desencadeadas sob a ordem pessoal do comandante da Polícia Militar, coronel David Pancotti, e acompanhada pelo Ministério Público.
Além disso, Requião anunciou que uma equipe de vídeo da Comunicação Social do Governo do Estado vai filmar todas as operações, que também serão abertas à imprensa.
De acordo com a Secretaria Estadual de Comunicação, as medidas foram tomadas devido aos excessos cometidos por policiais militares na desocupação de uma fazenda em Lindoeste.
Requião reafirmou que o uso da força nesta operação foi desnecessário e exorbitante e que atitudes como esta não serão toleradas pelo governo do Estado. Os depoimentos dos policiais já afastados pelo governador foram filmados e encaminhados ao Ministério Público.