Uma operação policial na madrugada de quinta-feira (11), em Curitiba, deixou um saldo de oito mortos. Segundo a PM (Polícia Militar), os mortos integravam uma facção criminosa que atua no estado e dispararam contra os agentes ao serem abordados.
Em nota, a PM disse que recebeu uma denúncia de que criminosos planejavam matar um ex-integrante da organização. Informados da marca e das características de um veículo furtado pelo grupo, agentes da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) passaram a procurá-lo em dois bairros da capital paranaense, o Caximba e o Cajuru.
No Caximba, os ocupantes de um automóvel parecido com o que os policiais procuravam tentaram escapar à abordagem policial, dando início a uma perseguição. Ainda de acordo com a PM, ao serem alcançados pela viatura, os dois homens que estavam a bordo do carro passaram a atirar contra os policiais, mas foram atingidos durante a troca de tiros e morreram no local.
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Quase na mesma hora, os policiais militares
disseram ter localizado um segundo veículo furtado, estacionado em
frente a uma residência no bairro Cajuru. De acordo com a corporação, ao
se aproximarem do local, os agentes da Rone foram recebidos a tiros e
reagiram. Baleados pelos policiais, seis homens morreram no local. As identidades dos mortos não foram divulgadas.
A PM informou que, somadas, nas duas ocorrências foram apreendidos três pistolas; cinco revólveres; drogas e dois coletes à prova de tiros, além de ter recuperado dois veículos com alerta de furto ou roubo. Nenhum policial foi ferido durante a ação.
“Passamos todo o dia de ontem realizando patrulhamentos e várias abordagens, mas não localizamos [os suspeitos]. Esta madrugada, dividimos as equipes da Rone, que localizaram os indivíduos e realizaram tentativas de abordagem, já que o intuito principal da PM é a prisão e o encaminhamento dos indivíduos à delegacia. Infelizmente, ocorreram confrontos e os oito indivíduos foram baleados e encaminhados [mortos] para o IML [Instituto Médico Legal]”, disse o comandante da Rone, major João Roberto das Graças Galeto Alves.
A Defensoria Pública do Paraná informou que já está acompanhando o caso, por meio de seu Nupep (Núcleo de Política Criminal e da Execução Penal), cujos representantes solicitaram informações à Secretaria de Segurança Pública do estado.
“O Nupep entende que todo caso de morte causada por intervenção de policiais militares deve, conforme a legislação em vigor, ser conduzido pela Polícia Civil ou diretamente pelo Ministério Público”, disse a defensoria, acrescentando que aguarda a identificação dos homens mortos nas duas ocorrências.