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Os gigantes da mídia contra-atacam

(Ponto-com)
20 abr 2001 às 12:05

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Na semana passada, em meio a uma avalanche de anúncios, o futuro do conteúdo online parecia mais uma montanha que um monte de terra. A EMI, a Bertelsmann Music Group e a Warner Music Group lançaram a MusicNet, uma sociedade com a RealNetworks (Nasdaq: RNWK), para disponibilizar música por meio de serviços como o da America Online. Os dois outros grandes selos- o Universal Music Group e a Sony Music Entertainment - também anunciaram seu serviço online, o Duet, que distribuirá músicas e vídeos em diversos formatos inicialmente, mas não exclusivamente, por meio do Yahoo. E a MSN, subsidiária da Microsoft para a Internet (Nasdaq: MSFT), declarou que irá oferecer a MSN Music, um serviço baseado em parte na tecnologia da Mongo Music, que a empresa adquiriu no ano passado.

Existem também outros sinais de vida. A matriz da Universal Music Corporate, a Vivendi Universal (NYSE: V), está comprando a Emusic.com (Nasdaq: EMUS), proprietária de um catálogo de música digital e de sites como o RollingStone.com. A Viacom (NYSE: VIA.B) anunciou que sua unidade MTVi começará a vender 10.000 títulos para download de todos os cinco selos, junto com o provedor de serviços de aplicativos RioPort. Enquanto isso, cinco importantes estúdios de cinema estão se aproximando de sua primeira investida nos serviços online.

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UM BOM SINAL?

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A primeira vista tudo parece ser o sonho de qualquer aficionado: conteúdo de qualidade a preços acessíveis e fáceis de usar. Acima de tudo, os sistemas são legais. Parece que agora sim estamos bem próximos de poder comprar mídia online. Ou será que já chegamos nesse ponto?

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"É muito barulho e pouco ação", diz Dave Goldberg, CEO e membro do conselho da Launch Media.


Embora possa haver algum ciúme por trás dos comentários de Goldberg - a Launch, a EMusic.com, a Liquid Audio (Nasdaq: LQID) e outras não conseguiram lançar seus selos online de modo significativo - também há um pouco de verdade no comentário. A maior parte dos anúncios da semana passada equivalem mais a bytes sonoros do que a algo específico, e a programação para seus lançamento (geralmente para o verão) é muito ambiciosa, visto que ainda existem questões pendentes relativas ao direito de autor dos compositores, preços, transferência do conteúdo e tudo mais. No momento em que acontecerem os lançamento, a indústria cinematográfica e a da música só poderão lançar parte dos títulos de sua propriedade, tanto de novos lançamentos como de produtos de catálogo.

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"A única coisa que irá funcionar, do ponto de vista do consumido,r é algo que seja muito simples, de preço muito baixo e que funciona com todos os selos" diz Mr. Goldberg. "Eu não creio que isto irá acontecer no próximo ano".


AGINDO AGORA

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"Eles agora estão comprometidos com uma orientação específica", diz Nick Crincoli, um advogado especializado em propriedade intelectual, da firma Morrison & Foerster, que anteriormente trabalhava para a Sony e a Warner. "Se as empresas não agirem rapidamente, elas serão ultrapassados. Há quem argumente que já é muito tarde. Nós representamos muitos clientes com inovadoras tecnologias peer-to-peer [P2P], por exemplo, que irão tornar o Napster obsoleto".


Infelizmente, o que vem se acontecendo agora na música é o mesmo mundo binário problemático revelado em Hollywood. Lá, a Sony (NYSE: SNE) está tentando fazer com que outros estúdios se juntem a Moviefly.com., seu serviço de cinema online. A empresa se manteve em silêncio, mas está fechando uma aliança com a Warner Bros., a Universal e com a MGM. A Walt Disney e a Twentieth Century Fox têm sua própria alternativa confidencial. A Sony, no verão passado, testou com sucesso a Moviefly.com, provando que o problema não é a tecnologia, mas sim conseguir reunir mais sócios.

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"Penso que os recentes pronunciamentos [do setor musical] refletem o fato de que todas as empresas estão encarando a Net como um canal de distribuição viável para os títulos de sua propriedade", diz Ira Rubenstein, vice-presidenta sênior da Sony para distribuição digital, que supervisiona a Moviefly.com. "Mas as negociações com os estúdios hoje em dia são muito complicadas; são todos pertencentes a corporações multi-bilionárias que têm diferenças [culturais]."


Um otimista Sr. Rubenstein acrecenta ainda que a Moviefly.com poderá eventualmente distribuir mais do que somente filmes - talvez música, jogos e shows.

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GOLIAS VENCE DAVI?


Sobre a RealNetworks, o acordo com a MusicNet lhe deu outra chance de permanecer viável, mesmo com o peso pesado Microsoft entrando em seu negócio original de mídia player. O anúncio foi relativo à sua iniciativa recente de jogos online RealArcade. Do mesmo modo, a empresa adoraria distribuir filmes online.

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A má notícia para a RealNetworks é que os estúdios não querem ajudar a criar mais um Blockbuster ou MTV - isto é, um negócio independente que usa novas tecnologias para conseguir grandes lucros tirados de sua propriedade intelectual.


Este não é um bom sinal, mesmo se considerada como uma das menores preocupações dos que querem instalar uma "Suíça" para os criadores de conteúdo. Todos querem montar serviços que não pertençam a nenhuma plataforma ou distribuidor específico. Infelizmente, podem estar perdendo espaço no mercado.


A CenterSpan Communications (Nasdaq: CSCC), por exemplo, recolheu os pedaços da falida Scour.com, e agora está lançando a Scour Exchange, uma versão legalizada do anteriormente ilegal mecanismo de busca de mídia que, conforme dizem, será usado por 400.000 membros registrados. Na segunda metade do ano, a empresa pretende cobrar taxas de inscrição dos usuários para a troca de conteúdo aprovado pelo selo. Os atuais planos parecem ter um erro fatal: a não ser que a empresa consiga alguns importantes selos para representar, as pessoas não pagarão pela inscrição. E as redes de P2P não têm utilidade se não existirem muitos parceiros na rede.


Os dirigentes da CenterSpan argumentam que as principais empresas, tendo licenciado material para projetos parcialmente de sua propriedade, agora irão também licenciar outras operações com a finalidade de aumentar o acesso do consumidor, e também para evitar problemas anti-truste. E, eles argumentam, diferentemente dos serviços de propriedade das detentoras do selo, a Scour Exchange já existe.


Algumas dessas mesmas razões estão animando Paul Myers, CEO da Wippit de Londres, um serviço de subscrições P2P mais amplamente desenvolvido. O próprio Sr. Myers está financiando parcialmente a empresa, com os rendimentos da venda do seu provedor de serviços de Internet (ISP) gratuito, realiza há um ano. Outra possível vantagem da empresa é o foco europeu, que o diferencia da competição dos serviços dirigidos somente aos EUA.


"Estou surpreso de que tenham levado as coisas tão devagar", disse o Sr. Myers daqueles que seriam seus sócios de conteúdo. "É esse tipo de arrogância e letargia que possibilitou o surgimento do Napster. Onde está a verdadeira ação?"


O Sr. Myers espera que a Wippit feche algumas parcerias com empresas importantes no futuro próximo. Diferentemente da filtragem por nome de arquivo que levou a Napster a corte da juiza Marilyn Hall Patel, a Wippit usa a tecnologia Cantametrix. Esta técnologia usa reconhecimento de áudio para detectar músicas com direitos autorais, tornando mais difícil a pirataria de material protegido. E a empresa paga acada provedor de conteúdo uma parcela proporcional das inscrições, com base no volume de usuários de seu material. O Sr. Myers disse que selos "não-europeus" são "quentes".


Isto mais assusta do que acalma o grande número de intermediários que ainda tinham alguma esperança de fisgar também uma fatia desse mercado.


< Leia mais>Brasil tem 1.241 provedores de acesso à Internet, diz Abranet


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