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Paraguaios são multados por empregar ilegais

Emerson Dias - Folha do Paraná
28 set 2001 às 11:12

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Fiscais do Ministério de Justiça e Trabalho do Paraguai mantiveram o acordo de não "expulsar" brasileiros que trabalham irregularmente em Ciudad del Este, mas as vistorias recaíram sobre os empresários que mantêm estrangeiros sem residência fixa na cidade. Somente ontem, seis comerciantes foram multados em R$ 4,5 mil cada um.
Todos foram autuados por contratação ilegal de moradores de Foz do Iguaçu. Segundo os fiscais, cerca de 30 brasileiros foram impedidos de continuar nas lojas e "convidados" a se dirigir ao Departamento de Migração para regularizar documentos. O acordo fechado anteontem, que acabou com os protestos e bloqueios na Ponte da Amizade durante as últimas três semanas, previa o fim das demissões e também "expulsões" (brasileiros eram acompanhados até a fronteira pela Polícia Nacional do Paraguai) por 30 dias. Ainda assim, a busca por funcionários irregulares deve continuar por tempo indeterminado. Caso haja reincidência entre os empresários autuados, a multa pode subir para R$ 6 mil.
Os sindicatos de Foz do Iguaçu criticaram a "caça contínua" aos estrangeiros, mas não levantaram a possibilidade de retomar os protestos na aduana brasileira. "Não faremos novos bloqueios na ponte", afirmou uma das coordenadoras do movimento que manteve a via fechada por 12 dias. Cacilda Tavares lembrou que o assunto deverá ser tratado entre as autoridades responsáveis dos dois países. Levantamentos realizados em Foz apontam pelo menos 40 mil pessoas trabalhando informalmente. Cerca de 5 mil estariam ocupando parte dos 6,2 mil postos de trabalho oferecidos em Ciudad del Este.
Os protestos alternados entre brasileiros e paraguaios, ocorridos desde o dia 10 deste mês, começaram com os desempregados do país vizinho. Eles criticavam o excessivo número de estrangeiros ocupando as vagas existentes na cidade. A fiscalização iniciada depois do protesto paraguaio provocou manifestações em Foz, registrando inclusive confrontos com a Polícia Federal.
Durante o bloqueio da ponte, o prejuízo na balança comercial brasileira chegou a R$ 62 milhões. Somente a Ceasa de Foz registrou perdas de R$ 5 milhões. Até o final de outubro, os brasileiros que quiserem continuar trabalhando no Paraguai devem conseguir o documento de migração e o comprovante de residência fixa em Ciudad del Este.
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