O governador Jaime Lerner (PFL) continua esperando que o governo de Alagoas inicie o repasse dos R$ 275 milhões ao Paraná, dívida gerada pela transação envolvendo a compra de títulos podres pelo Estado durante o processo de saneamento do Banestado.
Há três meses, a Assembléia Legislativa aprovou uma mensagem do Palácio Iguaçu dando seu aval para Lerner fechar acerto com o governo federal, possibilitando assim o pagamento, intermediado pela União.
Esse foi o primeiro passo dado pelo Palácio Iguaçu para receber parte da dívida. Com esses créditos, a amortização da dívida facilitaria o pagamento ao Itaú, que já foi acertado pelo governo. Entretanto, o processo está emperrado.
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O governo do Estado aposta todas as fichas nesse acordo, pois considera que é a única forma de receber o dinheiro referente aos títulos, considerados de difícil resgate no mercado.
Alagoas já havia comunicado ao governo paranaense que não tem condições de quitar a dívida, por não ter dinheiro em caixa. Segundo o secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, não há previsão para o recebimento.
O governo federal propôs a Alagoas um contrato de assunção de dívida, ou seja, o governo federal assume a dívida alagoana, passando para o Paraná letras financeiras do Tesouro (LFT-BS), papéis que em tese têm maior liquidez que as letras do tesouro alagoano.
Se o acordo for consumado, os cofres do Paraná podem receber o equivalente a R$ 170 milhões em letras do Tesouro, repassadas pela União. Na prática, o acordo prevê, temporariamente, o perdão de parte da dívida de Alagoas.