O Paraná ficou entre os estados brasileiros que tiveram o menor crescimento populacional desde 1991, registrando um índice anual de 1,4%. Em 1991, a população paranaense era de 8.448.713 e, em 2000, cresceu para 9.563.458 habitantes.
A proporção de pessoas residentes na área urbana aumentou de 73,36% para 81,41% no ano passado. Em contraponto, a Região Metropolitana de Curitiba apresentou crescimento de 3,17% ao ano, no mesmo período, e a Capital teve o segundo maior crescimento (2,13%). A média brasileira apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na divulgação dos dados finais do Censo Demográfico 2000, ontem, foi de 1,64% ao ano. Na região Sul, o censo apontou crescimento de 1,43%.
De acordo com o chefe da Divisão de Pesquisa do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, o ritmo de crescimento do Estado foi o menor observado nas últimas décadas. O maior controle de natalidade, segundo o órgão, foi a razão do baixo crescimento populacional, ao contrário do que se observou entre 1980 e 1991, quando o Paraná perdeu população para outros estados, ficando com crescimento anual de 0,97%.
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Segundo o IBGE, a queda generalizada da fecundidade no País, associada à redução da mortalidade contribuiu para as alterações na estrutura etária da população paranaense. A idade mediana aumentou de 22,2 para 25,3 anos de 91 para 2000.
Outro dado que chamou a atenção de Santos foi o aumento de 5,2% no número de pessoas alfabetizadas no Paraná. Enquanto que em 1991, 86,6% da população com mais de 10 anos de idade sabia ler e escrever, em 2000, esse percentual aumentou para 91,4%. Com esse resultado, o Paraná ficou com o sexto lugar entre os demais estados. A média brasileira foi 87,2%. Entre os municípios paranaenses, Quatro Pontes (85 km a oeste de Cascavel) apresentou o maior índice de pessoas alfabetizadas (97,7%). Em segundo lugar vem Curitiba, com 96,9%.
O Censo 2000 apontou, ainda, uma melhoria no rendimento médio do "responsável pelo domicílio" no Paraná, que cresceu de R$ 521,00, em 1991, para R$ 782,00, em 2000. O percentual de mulheres consideradas as responsáveis pela casa aumentou de 14% para 21%. Em Curitiba, o número sobe para 28%.