O Paraná é campeão em desmatamento dos remanescentes florestais da Mata Atlântica entre os 17 estados brasileiros que abrigam a floresta, revela o atlas divulgado nesta quinta-feira (26/04) pela Fundação SOS Mata Atlântica, em Foz do Iguaçu. O diagnóstico coloca a vegetação nativa em risco de extinção caso continue o atual ritmo da devastação.
O estudo demonstra que a cobertura florestal natural representa apenas 7,98% ou 1.594.298 hectares em relação ao seu território. Cinco anos atrás, a floresta correspondia a 1.654.444 hectares, representando um índice de 8,28% da área do Paraná. A atual faixa preservada também significa 8,23% da cobertura florestal orginal.
Entre 1995 a 2000, foram desmatados 60.146 hectares de florestas naturais preservadas, ou seja, 3,63% do que havia em 1995, descreve o relatório divulgado pela primeira vez no estado. Desse total, 16.086 hectares representa um único fragmento de remanescentes florestais suprimidos, a maior extensão contínua desflorestada na Mata Atlântica desde o início do monitoramento.
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Esse desflorestamento localizado é consequência da reforma agrária promovida no município de Rio Bonito do Iguaçu (125 quilômetros ao Oeste de Guarapuava). A área corresponde 27% do total de desmatamentos ocorridos nos últimos cinco anos. Os maiores assentamentos da região são Ireno Alves dos Santos, com cerca de 900 famílias, e Marcos Freire, 574 famílias.
Além de Rio Bonito, os municípios que mais perderam remanescentes florestais no período de 1995 a 2000 foram Coronoel Domingos Soares (4.002 hecateres), Bituruna (2.838 ha), Guarapuava (2.697 ha), Nova Laranjeiras (1.813 ha), Mangueirinha (1.732 ha), Palmas (1.309 ha), Clevelândia (1.249 ha) e Condói (1.904 ha).
* Leia mais em reportagem de Alexandre Palmar na edição da Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira