Um projeto inédito permitirá que as aldeias indígenas de todo o Estado aprendam a fazer coleta seletiva do lixo. Para difundir a idéia, cerca de 150 professores bilíngües – português e língua materna, kaingang ou guarani – farão nos próximos meses um curso da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e traduzirão todo o material a ser utilizado no programa.
Na sua fase inicial, o programa será implementado nas 27 escolas indígenas, atingindo cerca de 3 mil crianças e adolescentes. Posteriormente, toda a comunidade indígena poderá fazer a separação do lixo. Hoje, segundo o último levantamento realizado, vivem no Paraná 11.825 indígenas, divididos em 3.305 famílias.
O indigenista Edívio Battistelli, representante da Assessoria de Assuntos Indígenas do Estado, lembra que se algo não fosse feito as aldeias correriam o risco de se tornarem lixões a céu aberto. Com o maior consumo de produtos das grandes cidades, o acúmulo de vidros, sacos plásticos, papelão e outros materiais cresceu nos últimos anos.
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"Essa iniciativa pode proporcionar outra fonte de renda para os indígenas, além de preservar o meio em que vivem. Eles fazem a separação do lixo e negociam com as pessoas que reaproveitam os materiais", explica.
ABr