O Paraná está em 7º lugar no ranking nacional do controle de doenças endêmicas, ficando atrás de estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A avaliação - realizada pela Fundação Nacional de Sáude (Funasa) - rendeu ao estado a classificação de "regular" no que diz respeito à vigilância epidemiológica. Esta é a primeira vez que a Funasa faz uma avaliação do gênero. O objetivo é fazer um levantamento da situação de todos os estados brasileiros.
Os dados dessa primeira pesquisa são relativos a 1999. A Funasa pretende divulgar até junho trabalho referente ao ano passado, que já está em andamento. Nesse primeiro levantamento foram avaliados 13 itens, que obtiveram notas de 1 (pior avaliação) a 8 (melhor avaliação). As duas melhores vigilâncias epidemiológicas ficam no Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Paraná ficou em sétimo porque recebeu nota 2 na maioria dos critérios avaliados, entre eles a erradicação do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) e o relacionado aos casos confirmados de meningite. Os outros critérios são referentes ao sistemas de informação de doenças, mortalidade, nascimentos, homegeneidade da cobertura vacinal, entre outros.
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Segundo o diretor do Centro Nacional de Epidemiologia da Funasa, Jarbas Barbosa, para cada critério foi utilizado uma forma de avaliação. Para a erradicação do mosquito da dengue, por exemplo, a Funasa levou em consideração os municípios infestados com o mosquito e não o número de casos. Os estados que apresentaram abaixo de 40% dos municípios infestados receberam nota 8; até 75%, nota 4 e os municípios com 75 e 88% dos casos obtiveram nota 2.
Foi o caso do Paraná. A pesquisa revelou que, em 1999, 87, dos 399 municípios paranaenses estavam infestados com o Aedes. Somente este ano, foram confirmados 389 casos de dengue no Estado. Para o indicador que avalia os casos confirmados de meningite, a avaliação também é mediana. O Estado também recebeu nota 2.
A pesquisa, conforme observa Barbosa, não quer "culpar" nenhum estado pela situação atual e sim apontar qual região precisa de apoio. De acordo com sua avaliação, o trabalho inédito da Funasa deve incentivar os estados a fazerem seu próprio levantamento. "Dessa forma, cada estado vai poder identificar os problemas em cada município e o levantamento ficará mais completo", complementa.
A Secretaria Estadual de Saúde não quis comentar o resultado da pesquisa feita pela Funasa e informou que vai solicitar ao Centro Nacional de Epidemiologia os critérios utilizados na avaliação.