A balança comercial do Paraná fechou os primeiros cinco meses do ano com superávit de US$ 1,43 bilhão. O desempenho coloca o Estado no segundo lugar entre as unidades da Federação que mais exportaram em 2003, atrás somente do estado de São Paulo.
As exportações paranaenses alcançaram US$ 2,72 bilhões, contra US$ 1,29 bilhão relativo às importações. Os dados são da Secretaria da Indústria e Comércio do Estado.
Ainda de acordo com a Secretaria, os principais produtos exportados pelo Paraná foram a soja, alguns de seus derivados (como óleo e bagaços) e veículos motorizados. Os principais países compradores foram China, Estados Unidos e Alemanha.
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De janeiro a maio de 2003, o Paraná foi responsável por 10% das exportações nacionais, tendo apresentado crescimento de 67% no comércio com outros países, com relação ao mesmo período de 2002.
O desempenho do setor de exportações do Estado é ainda melhor quando o mês de maio é tomado como base. O crescimento das exportações no período é de mais de 95%, comparando os meses de 2002 e 2003.
Na opinião de Santiago Martin Gallo, coordenador da Secretaria de Indústria e Comércio para assuntos do Mercosul, os principais fatores para o significativo crescimento das exportações do Paraná entre 2002 e 2003 foram a safra recorde de soja e o apoio que os governos federal e estadual têm dado aos produtores na busca por novos mercados.
''O governo do Paraná já tem um plano estratégico de expansão comercial, especialmente desenvolvido para o interior do Estado, e em especial para a região de Londrina, já identificada como de grande potencial produtivo'', afirma Gallo.
Segundo o coordenador, o plano de desenvolvimento se baseia no beneficiamento de empresas com medidas já conhecidas, como isenção de ICMS, e com a liberação de recursos financeiros. Santiago acredita que com os estímulos ao crescimento econômico o Estado será capaz de gerar novos empregos, de acordo com a entrada de dinheiro do exterior.
''Nossa expectativa é de que para cada milhão de reais captados com exportações sejam gerados cerca de 500 novos postos de trabalho diretos e indiretos''.
Para a Associação Comercial do Paraná (ACP), no entanto, a expectativa do Estado quanto à geração de empregos deve se firmar em várias outras medidas além do estímulo às exportações. ''Crescimento econômico não significa, necessariamente, geração de empregos. O que o governo precisa definir como prioridade é o combate à informalidade'', afirma Marcos Domakoski, presidente da entidade.
''O Estado alcançou realmente um bom resultado em sua balança comecial, graças ao bom desempenho da safra agrícola e à diferença de cotação entre o real e o dólar, o que estimula as exportações'', diz Domakoski. Mas o presidente da ACP acredita que o que o governo precisa fazer é adotar medidas para o fortalecimento do mercado interno. ''O varejo vem sofrendo retração forte, e a informalidade já atinge índices preocupantes. Não podemos deixar o Estado e o País virarem uma '25 de Maio' '', afirmou, em alusão à rua paulistana onde predomina o comércio informal.