O município de Guarapuava apresentou nesta terça-feira (28) a menor temperatura no estado desde o ano 2000. O serviço de meteorologia paranaense (Simepar) registrou -6,1 graus Celsius (ºC) em Guarapuava. As temperaturas ficaram negativas também nas cidades de São Mateus do Sul, Palmas (ambas com -5,7ºC), Pinhão (-3,8ºC), Pato Branco (-3,5ºC), Francisco Beltrão (-3,4ºC), da Lapa, de Palotina (ambas com -3ºC), General Carneiro (-2,9ºC) e Curitiba (-0,5ºC).
Segundo Flávio Varone, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Porto Alegre, Flávio Varone, em Santa Catarina, as mínimas até agora foram registradas em Caçador (-5,8ºC) e Joaçaba (-4,6ºC). No Rio Grande do Sul, as temperaturas mais baixas foram registradas em Vacarias (-4,5ºC) e São José dos Ausentes (-4ºC). Devido às baixas temperaturas, em Santa Catarina, a Gerência de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional suspendeu as aulas na manhã desta terça-feira na rede pública estadual nas cidades de São Joaquim e Urupema. Também em São José dos Ausentes, as aulas estão suspensas até amanhã (29).
Segundo o Inmet, a temperatura mais baixa já verificada no Brasil foi -11,1ºC, registrada no município de Xanxerê (Santa Catarina), em 1953.
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No Paraná, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento já admite rever a produção total da safra de grãos por causa das baixas temperaturas que atingem o estado nos últimos dois dias. A estimativa é colher 33,31 milhões de toneladas na safra 2010/2011, volume 1,5% maior do que o da anterior, quando foram colhidos 32,82 milhões de toneladas.
De acordo com informações do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, a consolidação dessa estimativa depende da produção de milho da segunda safra e do trigo, cujas lavouras ainda estão em desenvolvimento. O registro de geadas médias a fortes nas principais regiões produtoras de milho poderá influenciar o resultado final da produção. A área plantada com milho da segunda safra cresceu 6,8%, passando de uma expectativa inicial de 1,62 milhão de hectares para 1,73 milhão de hectares. A estimativa é colher 7,44 milhões de toneladas.
O informativo do Deral mostra que, por enquanto, a queda de temperaturas não afetou as lavouras de trigo. Segundo o departamento, as perdas previstas devido à estiagem no mês de maio ainda podem ser revertidas. A estimativa de produção teve uma redução de 2% em relação à expectativa inicial. Devem ser colhidos 2,8 milhões de toneladas, cerca de 860 mil toneladas a menos do que a projeção inicial. O Paraná é o maior produtor nacional de trigo e milho.