O Paraná foi o estado escolhido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o projeto piloto a ser desenvolvido junto à população carcerária feminina, visando a prevenção e o tratamento do câncer. A informação foi dada pelo coordenador do Departamento de Monitoramento do Sistema Penitenciário Nacional, Luciano André Losekann, à secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes, em reunião nesta semana em Curitiba. O projeto começará pela unidade penitenciária de regime semiaberto de Curitiba, que fica no Atuba e tem hoje 98 presas. Por sugestão da secretária de Justiça, será ampliado para atender também o corpo funcional feminino que atua no sistema.
Também participaram da reunião a presidente nacional da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Maria Thereza Simões Falcão; da presidente da rede em Curitiba, Walkyria Gaertner Boz; e da representante do Conselho, Sílvia Fraga.
De acordo com Losekann, a primeira reunião técnica sobre o assunto está agendada para o dia 10 de março. "O CNJ propôs parceria à Secretaria de Justiça do Paraná e auxilio na questão carcerária. Estão sendo contatados também possíveis parceiros na área de saúde e no setor privado para firmar um termo de compromisso e dar início ao trabalho", informou.
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A presidente nacional da Rede Feminina expôs o projeto à secretária de Justiça, frisando a necessidade de integração da sociedade civil e do poder público para a realização de um mutirão para prevenção do câncer e também do tratamento ginecológico das detentas. "Após a avaliação do projeto piloto, este trabalho, que tem o apoio do CNJ, será levado pela Rede de Combate ao Câncer a todos os estados, em parcerias com as respectivas secretarias da Justiça", disse Maria Thereza Simões Falcão.
A secretária da Justiça ressaltou o caráter pioneiro da iniciativa e informou a existência de 1992 presas no Paraná, das quais 594 na esfera da Seju – penitenciárias e presídios – e 1398 em cadeias públicas, sob responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública.