O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, disse nesta sexta-feira (4) que será feita uma visita técnica de trabalho com autoridades do Ministério da Justiça e da Secretaria de Segurança Pública, na próxima semana, para dar início a um amplo diagnóstico da região de fronteira. "É uma região que precisa de atenção permanente, com compreensão da dimensão geográfica e sua da importância geopolítica", afirmou o secretário. "A questão não se resume apenas a Foz do Iguaçu, como erroneamente se imagina, mas envolve todas as cidades da extensa região que cobre o sudoeste, o oeste e o noroeste do Paraná", disse.
O Paraná tem 139 municípios na faixa de fronteira, 20 deles na linha de fronteira, que vai desde Barracão a Guaíra. O planejamento para atender a região deverá levar em conta também os municípios de Cascavel, Medianeira, Toledo, Marechal Candido Rondon. "É preciso fazer um grande cinturão de proteção para o estado do Paraná", disse.
Almeida Cezar afirmou que o encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, traz as melhores expectativas possíveis para o enfrentamento da criminalidade e da violência no Paraná, porque representa a possibilidade de dar uma resposta permanente sobre essa questão para a sociedade organizada. "Não podemos mais conviver com ações pontuais, midiáticas, que não se projetam ao longo do tempo", disse ele. "Fizemos uma declaração política de vontade de integração com o governo federal, porque ninguém faz nada em segurança pública se não estiver integrado. Não existe a figura do super-herói", disse o secretário.
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Almeida César reforçou a importância de que além de integrado, o trabalho tenha planejamento e boas técnicas operacionais. E disse que o combate à droga, ao lado do combate ao tráfico de armas, munições, o roubo de carga, o contrabando, a lavagem de dinheiro, são prioridades absolutas nesta gestão do Governo do Paraná.
De acordo com o ministro Cardozo, a atuação integrada de segurança pública no Paraná vai contar com a participação das Forças Armadas e terá aportes de sistemas de inteligência e outros instrumentos tecnológicos de ponta, como os Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), que podem atuar na região de fronteira. O Paraná terá bases desse programa.