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PCE limita primeira visita depois da rebelião

Luciana Pombo e Andréa Lombardo - Folha do Paraná
17 jun 2001 às 18:35

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Os presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, terão direito hoje a um dia de visitas limitado. Apenas uma pessoa com parentesco direto (pai, mãe, filho, mulher) poderá visitar cada um dos presos e não será permitida a entrada de alimentos. Antes da rebelião - considerada a maior da história do Paraná, com 144 horas de duração e quatro pessoas mortas (um deles agente penitenciário) - os presos tinham visitas previamente controladas. No entanto, cada detento poderia receber até três familiares.

Outra modificação no dia de visitas é com relação às visitas íntimas. Os presos tinham direito a passar duas horas no chamado "motel" com a mulher no dia de visitas. Por medida de segurança, o motel ficará fechado hoje. "Temos a preocupação de garantir a ordem na unidade. Eles têm direito às visitas. Mas o motel é um prêmio que será temporariamente suspenso", afirmou o tenente-coronel Nemésio Xavier de França, comandante do Batalhão de Polícia de Guarda dos Presídios (BPGD), que está na direção da PCE.

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Ontem, foram levados medicamentos diversos para os presos. Desde a rebelião, os internos que têm problemas de saúde estavam sem os remédios necessários para o controle de doenças como úlceras, gastrites, epilepsias, aids e bronquites. "Os presos destruíram na rebelião a enfermaria e os medicamentos foram também destruídos. Tivemos que arrecadar tudo novamente para suprir a farmácia interna da PCE", explicou ele.

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Amanhã, os nomes de todos os detentos que desapareceram após a rebelião serão repassados para a Vara de Execuções Penais. A intenção é conferir todos os dados coletados pela Polícia Militar. Alguns presos que constam na relação dos desaparecidos - inicialmente foram divulgados 80 detentos - podem ter sido transferidos ou podem ter recebido liberdade condicional sem que houvesse um conhecimento formal e oficial dos dados junto ao sistema de informatização da unidade prisional. Muitos presos podem ter fugido da PCE. A Polícia Militar confirmou ter encontrado três túneis na unidade penintenciária. Antes da rebelião eram 1.371 presos.


Até ontem pela manhã, as informações eram desencontradas. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Carlos Alberto Pacheco, disse que, extraoficialmente, sabia que a recontagem dos presos havia sido concluída anteontem e que não estaria faltando mais nenhum detento. "Pessoalmente, acho que está faltando gente e amanhã (hoje) eles terão que dar conta disso para os familiares", declarou. Pacheco disse ainda que acredita na possibilidade de mais presos terem sido mortos. "Do contrário, não haveria tanto mistério."

O governo do Estado prometia para o final da tarde de ontem a abertura dos portões da PCE. Inicialmente, a imprensa poderia ter acesso à unidade prisional às 9 horas de ontem. Mas por causa dos entulhos que ainda estavam no pátio, o horário foi remarcado para as 17 horas. O número total de presos desaparecidos e os túneis seriam mostrados durante a visita.


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