Milhares de peixes e alevinos estão morrendo no Rio Paraná por causa do rebaixamento do lago de Itaipu. A usina tem aumentado a vazão no vertedouro para produzir mais energia. Em Guaíra, o nível do rio está quase dois metros abaixo do nível normal. O recuo das águas está isolando e secando nas ilhas e várzeas centenas de lagoas onde os peixes se aninham nesta época do ano para procriar.
Uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) começou nos últimso dias uma perícia para avaliar os estragos ambientais causados pelo rebaixamento do lago. Biológos e geólogos sobrevoaram o rio esta semana para identificar os pontos críticos e fazer pesquisas 'in loco'.
A equipe foi nomeada pelo juiz federal Luiz Carlos Canalli, de Umuarama. Canalli acatou uma ação cautelar de produção antecipada de provas impetrada pela Colônia de Pescadores Z-13 , de Guaíra. Com base no estudo da equipe do Ibama, a colônia vai exigir indenização para os pescadores e outras medidas compensatórias para os municípios localizados no entorno do lago. Este será o primeiro estudo independente do impacto ambiental causado pela usina de Itaipu e está chamando a atenção de ambientalistas internacionais. Todas as pesquisas realizadas até agora foram financiadas pela própria Itaipu
Com a redução do nível do lago, começam a aparecer em Guaíra as corredeiras na cabeceira dos extintos Saltos de Sete Quedas. As cachoeiras desapareceram em 1982 com a formação do lago.
* Leia mais em reportagem de Vânia Moreira na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta segunda-feira