Os turistas paranaenses que geralmente faziam viagens internacionais durante as férias de julho estão optando este ano pelo turismo interno. Em função do aumento do dólar, os pacotes mais procurados são os que oferecem roteiro turístico para o Nordeste, serras gaúchas e paulistas e termas. Fortaleza, Natal e Maceió estão sendo as cidades preferidas pelos turistas.
A procura pelas viagens para Bariloche e Buenos Aires (na Argentina), Lagos Andinos e Santiago (no Chile) reduziu cerca de 30% em julho deste ano se comparada a julho do ano passado. Em compensação, para o Nordeste as viagens aumentaram em torno de 30% no mesmo período. "Mostramos ao turista que ele não precisa deixar de viajar por causa da alta do dólar. O Brasil também possui lugares maravilhosos e as viagens são bem mais em conta", informa a funcionária de uma agência de turismo de Curitiba, Elite Appelt.
Para evitar transtornos durante as viagens, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-PR), Antonio Azevedo, recomenda que, independente do destino, o turista deve escolher a agência de viagem por sua idoneidade. "Ele deve procurar uma agência associada à Abav, pois terá a certeza que estará sendo atendido com seriedade e profissionalismo", aconselha.
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De acordo com Azevedo, o consumidor também deve pesquisar preços, analisar os descontos de pagamento à vista, observar se o pacote inclui parte terrestre e aérea. Além disso, deve verificar que serviços estão incluídos no pacote e quais serão cobrados à parte. "É importante que com dias de antecedência, o passageiro peça à agência os comprovantes de reserva de hotel, passagens e uma cópia da programação turística", ressalta. Assim, não será pego de surpresa, pois há casos em que ao chegar no hotel, o turista descobre que não houve reserva de vaga em seu nome.
É o exemplo do que aconteceu com um turista que comprou um pacote da agência de viagens Norbra Travel & Adventures, de Curitiba. Ele pagou pela viagem para Cuba, hospedagem em hotel cinco estrelas. Ao chegar naquele país teve que ficar em um de três estrelas, além de esperar por seis horas no aeroporto até que decidissem para onde o levariam.
Em função desse caso, a proprietária da agência, Silvia Breily, denunciou ao Procon a operadora que vendeu à agência o pacote. "O consumidor veio reclamar da agência os direitos dele. O nome da minha empresa é que ficou prejudicado, pois fui eu quem vendi o pacote, confiando na idoneidade da operadora", conta. Na reunião de conciliação no Procon, ela disse que vai exigir que a operadora cumpra com seus deveres e reembolse o turista. "A culpa não foi da minha empresa, mas com certeza já perdi o cliente", desabafa.