Entre os dias 22 e 31 de março será realizada a pesquisa de campo que fará parte do estudo de viabilidade para a construção do Trem Pé-Vermelho, trem de passageiros que será implantado entre as cidades de Londrina e Maringá. As datas foram definidas nesta sexta-feira (26), em Maringá, durante reunião entre representantes da Ferroeste, coordenadora do projeto, Ministério das Cidades, Trens Urbanos de Porto de Alegre (Trensurb), Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans) e outros órgãos.
Segundo o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, serão feitas 40 mil entrevistas nos treze municípios que serão beneficiados pelo Trem Pé Vermelho. Para o trabalho, serão selecionados, entre os dias 16 e 20 de março, estudantes universitários e das escolas técnicas da região. "Faremos um levantamento da situação econômico-social da região, além de avaliarmos a demanda por este tipo de transporte", explicou Samuel. Ele adiantou que a pesquisa deve ficar pronta até julho deste ano, incluindo o projeto de instalação do trem.
Antes do início da pesquisa, será feita divulgação do projeto do Trem Pé-Vermelho. "É preciso criar um ambiente de ampla informação para que a população saiba de que trem estamos falando", disse o presidente da Ferroeste. "Será um trem moderno, um veículo leve sobre trilhos para a nova realidade urbana do eixo metropolitano entre Londrina e Maringá, e não o retorno dos velhos trens que ainda vivem na memória coletiva da população e que serviram como importantes instrumentos de transporte nos primórdios da colonização da região", ressaltou Samuel. Segundo ele, será criada uma secretaria executiva na sede da Coordenadoria Metropolitana de Maringá.
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O projeto é realizado em parceria com o governo federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "O programa do governo federal de trens regionais selecionou duas regiões no país para instalar trens de passageiros, e uma delas é Londrina – Maringá. Os estudos são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans), que recebeu R$ 800 mil do governo federal – R$ 400 mil para o Paraná e outros R$ 400 mil para o trecho que será construído entre Bento Gonçalves e Caxias (RS)", disse Samuel.
O projeto gaúcho é coordenado pela Trens Urbanos de Porto de Alegre (Trensurb), que já tem experiência em trens de passageiros. "Estamos trabalhando juntos, até porque a Ferroeste não tem experiência neste ramo de passageiros. Vamos construir um projeto comum, com trens modernos, mesmas finalizações, manutenções. Assim, ganhamos em escala e o custo é menor", argumentou Samuel.
REUNIÃO
O prefeito de Maringá, Silvio Barros, agradeceu "o esforço coordenado do Governo do Paraná, através da Ferroeste, e do governo federal, pelo Ministério dos Transportes, com a interveniência do Ministério das Cidades". Participaram da reunião 42 representantes do Ministério das Cidades, Trensurb, Labtrans, coordenadoria das regiões metropolitanas de Londrina e de Maringá, Polícia Rodoviária Estadual, municípios, universidades, associações comerciais e entidades estudantis das regiões Norte e Noroeste.
Antes do encontro, Samuel Gomes e representantes da Labtrans estiveram com o vice-ministro do Ministério dos Transportes do Paraguai, Luis Pereira, para discutir a elaboração de um plano diretor de macro-logística da área de influência da Ferrosul, empresa dos quatro estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.