A Promotoria de Investigação Criminal (PIC), do Ministério Público (MP) do Paraná, protocolou na tarde desta segunda-feira (25) denúncias à Justiça Criminal em Campo Largo contra envolvidos no caso da prisão do policial civil Délcio Augusto Rasera, detido por fazer escutas telefônicas clandestinas. Rasera se apresentava como assessor do governador Roberto Requião (PMDB) e estava lotado na Casa Civil. Entre os indiciados estão, além de Rasera, seu advogado, Luiz Fernando Comegno, o diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado, João Formighieri, e outras 17 pessoas.
Os crimes pelos quais houve os indiciamentos são: interceptação telefônica clandestina, quadrilha armada, advocacia administrativa, posse ilegal de arma de fogo, posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida, raspada ou adulterada, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse irregular de munição de uso permitido, posse de munição de uso restrito e posse de acessórios de uso restrito.
Para os promotores, segundo informações da Gazeta do Povo, as denúncias oferecidas correspondem aos fatos que estavam mais emergentes e cuja prova foi de mais fácil verificação no curto espaço de tempo desde a prisão dos acusados.
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João Formighieri foi denunciado porque, de acordo com os promotores, teria mandado Rasera grampear a promotora de Justiça Danielle Gonçalves Thomé. O advogado de Formighieri, Roberto Brzezinski Neto, disse que vai esperar o juiz acatar ou não a denúncia e marcar o interrogatório.
Um dos denunciados, João Máximo Salomão Neto, é assessor do deputado federal José Janene (PP). Ele teria pedido a Rasera para grampear Alexandre Silvério, despachante aduaneiro no Porto de Paranaguá.